A Argentina defender� seus postos de trabalho e o mercado interno em qualquer negocia��o de com�rcio mundial, como a que iniciar� com o Brasil por uma crise sobre medidas protecionistas, afirmou esta quarta-feira a ministra argentina da Ind�stria, D�bora Giorgi.
"N�o vamos ser ing�nuos e n�o vamos ceder nem um palmo em nenhuma negocia��o quando quando virmos que se pode anular o horizonte a uma pequena ou m�dia empresa ou p�r em risco um �nico posto de trabalho", refor�ou Giorgi na inaugura��o de uma f�brica na periferia de Buenos Aires.
Brasil e Argentina anunciaram que solucionar�o pela via negociada o conflito bilateral desatado por freios m�tuos impostos a produtos sens�veis e seus ministros se reunir�o na pr�xima semana.
"A real defesa do nosso mercaado interno n�o produzir� problemas de relacionamento com outros pa�ses. O processo de reindustrializa��o do pa�s, iniciado em 2003, o fizemos entre todos e n�o vamos mudar o rumo", disse a ministra.
As demoras alfandeg�rias ordenadas por Bras�lia foram interpretadas por setores empresariais como uma repres�lia aos entraves que a presidente argentina, Cristina Kirchner, havia imposto a alimentos, m�quinas agr�colas, autope�as e cal�ados brasileiros, entre outras mercadorias.
Frente ao conflito, o presidente da Federa��o de Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, criticou esta quarta-feira Giorgi, ao afirmar que "est� reclamando muito. Deveria ver o que est�o fazendo em seu pa�s, corrigir e depois reclamar".
O sindicato patronal argentino de autom�veis protestou, uma vez que 80% de suas exporta��es de ve�culos (447.000 unidades) e 65% das autope�as t�m como destino o Brasil.
A Argentina � o terceiro parceiro comercial do Brasil, depois de China e Estados Unidos, com um volume de neg�cios bilateral de 33 bilh�es de d�lares no ano passado, que se revelou deficit�rio para Buenos Aires em mais de 4 bilh�es de d�lares.