O aquecimento do mercado de trabalho e a insatisfa��o do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, com a taxa de desemprego medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), que tamb�m � atrelado ao governo, levar�o � cria��o de mais um indicador at� o final do ano: a Taxa de Emprego Real, elaborada pelo Minist�rio do Trabalho.
O �ndice, que tamb�m ser� divulgado mensalmente, ser� fruto do cruzamento das informa��es do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do Sistema Nacional de Emprego (Sine), esp�cie de ag�ncia de empregos do governo que auxilia na medi��o da demanda e da oferta de m�o de obra.
A duplicidade de informa��es oficiais sobre o mesmo tema n�o � nova. O governo j� possui, por exemplo, duas informa��es mensais sobre as condi��es e proje��es para a safra de gr�os brasileira: uma do IBGE e outra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Ser�o duas as principais diferen�as entre os �ndices. Enquanto o IBGE faz sua pesquisa apenas em regi�es metropolitanas, o minist�rio apresentar� tamb�m os n�meros do interior. A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE � realizada em seis regi�es metropolitanas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio, S�o Paulo e Porto Alegre).
Isso tamb�m explica o motivo de Lupi querer um novo �ndice: � que o interior tem apresentado uma robustez maior na cria��o de empregos do que os grandes centros urbanos.