A disputa pelo cargo de diretor-gerente do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), aberta nesta segunda-feira, em Washington, deve se limitar a dois protagonistas, mesmo que outros interessados cogitem a candidatura.

A sele��o do novo diretor come�ou ontem. Os pretendentes ter�o at� 10 de junho para manifestar o interesse, 20 dias antes do prazo formal para a escolha. Apesar da agenda, em Paris se espera que a escolha avance na quinta e sexta-feira, quando se realiza em Deauville, na Fran�a, a reuni�o de c�pula do G-8 (grupo das oito maiores economias do mundo). Nela, l�deres dos Estados Unidos, do Canad�, do Jap�o, da Alemanha, do Reino Unido da It�lia e da R�ssia, al�m dos anfitri�es, dever�o acenar a favor de seu candidato favorito.
Diante do consenso na Europa, esse favorito ser� Christine Lagarde. Preocupado em n�o demonstrar ambi��o pelo posto, j� que Dominique Strauss-Kahn tamb�m era franc�s, o governo da Fran�a n�o vai lan�ar a candidatura da ministra. A op��o faz parte da estrat�gia do Pal�cio do Eliseu, que pretende deixar que o nome da executiva se imponha no cen�rio internacional - como j� est� ocorrendo.
Ontem, Christine Lagarde respondeu pela primeira vez sobre a eventual candidatura, mantendo o tom discreto adotado por Paris. Questionada pela rede americana CNBC, a ministra n�o negou que possa ser candidata: “Essa resposta pertence a outros, n�o a mim”. O maior advers�rio de Christine deve mesmo ser Augustin Carstens, lan�ado pelo governo do M�xico e apoiado pelo secret�rio-geral da Organiza��o para a Coopera��o e o Desenvolvimento Econ�mico (OCDE), o tamb�m mexicano Angel Gurr�a.