OCDE pede redu��o de barreiras e maior produtividade de alimentos

A solu��o para a atual crise dos alimentos no globo e para a volatilidade dos pre�os passa pela supress�o de barreiras e subs�dios � exporta��o de alimentos e mat�rias-primas e por investimentos para melhorar a produtividade, afirmou um relat�rio da OCDE divulgado nesta ter�a-feira em Paris, durante cerim�nia de comemora��o dos 50 anos da entidade. O relat�rio, intitulado "Volatilidade dos Pre�os nos Mercados de Alimentos e Produtos Agr�colas", foi elaborado por dez organiza��es internacionais do G-20 e coordenado pela Organiza��o para a Alimenta��o e Agricultura (FAO) e pela Organiza��o para a Coopera��o e o Desenvolvimento Econ�mico (OCDE). Segundo Ken Ash, diretor para Com�rcio e Agricultura da OCDE, como n�o � poss�vel evitar outra "tempestade", como a que levou � alta dos pre�os dos alimentos e � consequente crise mundial, � preciso que se abra mais os mercados de alimentos e de mat�rias-primas agr�colas. "Um fator chave para a solu��o a longo prazo � o maior investimento para aumentar a produtividade, a sustentabilidade e a resist�ncia da agricultura, em particular nos pa�ses em desenvolvimento", disse. A OCDE alertou que os fatores que t�m contribuido para a escalada de pre�os dos alimentos - aumento da popula��o, mais consumidores em pa�ses emergentes, produ��o de biocombust�veis, altos pre�os do petr�leo, entre outros - v�o persistir no futuro. Tamb�m � necess�rio, diz o relat�rio, ampliar as oportunidades de empregos das pessoas que trabalham na agricultira de subsist�ncia nos pa�ses em desenvolviment, que representam cerca da metade da popula��o de pa�ses emergentes, diz a OCDE. "Parte da pobreza dos agricultores � decorrente do fato de que h� muitas pessoas trabalhando neste setor", disse o especialitsa Paul Collier, em uma coletiva de imprensa com Ash. Para os pa�ses pobres importadores de alimentos, os altos pre�os podem acarretar mais infla��o e aumento dos d�ficits nas balan�as comerciais e tamb�m piorar a situa��o das popula��es. "Os que mais sofrem s�o os 925 milh�es de pobres, em sua maioria urbanos, que n�o t�m dinheiro para alimentar adequadamente suas fam�lias", disse Collier. Para ele, � necess�rio tamb�m criar programas de assist�ncia para estas fam�lias, facilitar a ajuda financeira e melhorar a capacidade para importa��es de alimentos pelos pa�ses em desenvolvimento, assim como criar instrumentos para avaliar os riscos de mercado.