
"Vamos agir como bons cidad�os dos Estados Unidos, onde moramos", disse a porta-voz do FMI, Caroline Atkinson, em uma coletiva de imprensa. Atkinson afirmou que o FMI "vai cooperar completamente" com a investiga��o de Strauss-Kahn, que na semana passada renunciou ao cargo ap�s ser preso e negar as acusa��es.
Sucess�o
A ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, favorita � sucess�o, deve viajar em breve ao Brasil e � China em busca de uma ofensiva para conquistar a simpatia dos pa�ses emergentes, nada satisfeitos com a domin�ncia europeia sobre o Fundo Monet�rio Internacional (FMI), cuja dire��o ela espera assumir.
Fontes pr�ximas a Lagarde anunciaram nesta quinta-feira sua inten��o de percorrer estes dois pa�ses "nos pr�ximos dias". "Ela deve ir nos pr�ximos dias � China e ao Brasil, mas ainda precisamos definir o calend�rio e as caracter�sticas destas visitas", indicaram as fontes.
O objetivo de Lagarde, que pode incluir outros pa�ses dos BRICS (Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul) em seu roteiro, � "fazer-se conhecer, explicar os motivos de sua candidatura e fazer campanha" para sua nomea��o como sucessora do tamb�m franc�s Dominique Strauss-Kahn.
Enquanto isso, a secret�ria de Estado americana, Hillary Clinton, indicou nesta quinta-feira que Washigton ainda n�o decidiu qual candidato ir� apoiar no processo de substitui��o de Dominique Strauss-Kahn, que renunciou � dire��o do FMI na semana passada ap�s envolver-se em um esc�ndalo sexual. Sem mencionar o nome de Lagarde, Hillary comentou que, "n�o oficialmente", acharia bom ver uma mulher ocupar o posto.
Diante das atuais circusnt�ncias, e embora conte com fortes apoios dentro da Europa, a ministra francesa tem um caminho cheio de obst�culos pela frente, sendo o maior deles a forte resist�ncia dos principais pa�ses em desenvolvimento - irritados com a inten��o da Europa de manter um europeu � frente do fundo, como acontece desde sua cria��o, em 1946. Estas na��es argumentam que o

China
Nesta quinta-feira, a China declarou que a escolha do novo diretor gerente do FMI deveria se basear em "abertura, transpar�ncia e m�rito, para melhor representar os mercados emergentes e melhor refletir as mudan�as na estrutura econ�mica do mundo". O minist�rio das Rela��es Exteriores chin�s indicou ter "tomado conhecimento" da indica��o de candidatos ao posto mais alto do fundo.
Mas o comunicado chin�s n�o menciona em nenhum momento a candidatura de Lagarde - apesar do governo franc�s ter afirmado na ter�a-feira que Pequim a apoiaria.
Em uma entrevista publicada nesta quinta-feira, Lagarde contou ao Wall Street Journal que estava se preparando para visitar a China, talvez j� no pr�ximo domingo, para buscar apoio. "China, Brasil e �ndia s�o necessidades absolutas", ressaltou a candidata.
Mas, se os pa�ses emergentes concordam em rejeitar mais um europeu � frente do FMI, ainda n�o foram capazes de fechar um consenso em torno de um candidato pr�prio - levando alguns analistas a classificar suas reclama��es como ressentimento vazio.
Entretanto, o ministro indiano das Finan�as, Pranab Mukherjee, indicou nesta quinta-feira que est� coordenando esfor�os com outras na��es emergentes para apoiar um candidato comum. "Estou em contato com alguns ministros das Finan�as de pa�ses em desenvolvimento e economias emergentes (...). Estamos tentando consolidar nossa posi��o", declarou Mukherjee � ag�ncia de not�cias PTI.