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Estado de Minas

Controle de capitais � quest�o t�cnica, segundo FMI


postado em 27/05/2011 16:06

O economista-chefe do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Olivier Blanchard, afirmou hoje, em entrevista, que o uso de medidas de controle de capitais � uma quest�o t�cnica e n�o ideol�gica e que deve ser tratada com pragmatismo. Segundo ele, o controle de capitais deve ser parte da caixa de ferramentas de pol�tica econ�mica, composta por cinco itens: pol�tica fiscal, monet�ria, aumento de reservas, medidas macroprudenciais e controle de capital.

Blanchard explicou que o recurso do controle de capitais deve ser considerado levando em conta a situa��o inicial de cada pa�s. "N�o tem uma moldura �nica", disse. Ele explicou que �s vezes o fluxo de capital chega em momentos nos quais a situa��o macroecon�mica n�o est� ajustada e que o uso do controle n�o resolve sozinho. Mas o economista admitiu que � poss�vel usar o controle de capitais no momento inicial, ainda com a macroeconomia n�o ajustada, mas sem abrir m�o do uso dos demais instrumentos que integram o card�pio.

O secret�rio de Assuntos Internacionais do Minist�rio da Fazenda Carlos Cozendey, afirmou que o fluxo de capitais para o Brasil � uma novidade com a qual o Pa�s ter� que aprender a lidar. "H� elementos de longo prazo, que � a melhor posi��o hoje dos pa�ses emergentes. H� uma redu��o na percep��o de risco dos pa�ses emergentes e aumento de percep��o de risco em rela��o a alguns dos pa�ses desenvolvidos. A situa��o fiscal em alguns pa�ses � complicada, vai ficar complicada ainda durante algum tempo, a gente teve problemas na Europa", explicou Cozendey.

Ele lembrou que, no passado, a economia brasileira sofria com a falta de capitais e, por isso, medidas eram adotadas para segurar o dinheiro estrangeiro, enquanto agora busca-se conter os excessos, ainda que n�o haja "n�meros m�gicos" sobre isso. "A gente est� com pol�ticas para evitar que entre dinheiro muito rapidamente, em excesso. Agora, o objetivo n�o � impedir a entrada. � ben�fica a entrada de capital no Brasil. O objetivo dessas pol�ticas � evitar que haja um impacto negativo sobre a situa��o de sustentabilidade na �rea financeira, principalmente, e tamb�m sobre a infla��o", disse.

Cozendey e Blanchard participaram e fizeram o encerramento do semin�rio sobre fluxos de capitais para pa�ses emergentes, promovido pelo Minist�rio da Fazenda e pelo FMI, encerrado hoje.

Press�o

A press�o da entrada de capitais no Brasil deve ser reduzida quando as economias dos Estados Unidos e Europa estiverem recuperadas da crise. Mesmo assim, o fluxo deve continuar intenso no Pa�s no longo prazo, segundo Carlos Cozendey.

"Quando as pol�ticas expansionistas forem reduzidas, isso a gente n�o tem um horizonte claro ainda de quando vai acontecer, uma parte dessa press�o ser� reduzida. Mas existe uma tend�ncia a� em termos de longo prazo, aparentemente, de press�o nesse sentido", afirmou ele.

O secret�rio disse que n�o h� evid�ncias de que a pol�tica de recompra de t�tulos do Tesouro americano pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) tenha gerado a fuga de capitais para o Brasil, mas que � prov�vel que o aumento repentino do fluxo no Pa�s seja uma consequ�ncia da pol�tica americana.

"Num pa�s (os EUA) que n�o tem controle de sa�da de capital, � dif�cil pensar que n�o houve uma fuga de capital para mercados e aplica��es, como commodities, mais rent�veis naquele momento. Acho que n�o tem uma estimativa conclusiva que se possa fazer, mas � dif�cil pensar que uma interven��o deste tamanho, com o impacto que se v� dentro dos EUA, n�o resultou em algum tipo de fuga para aplica��es melhores fora dos EUA", avaliou Cozendey.


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