Bras�lia – O Banco Central (BC) estuda flexibilizar as regras para a compra e a venda de moeda estrangeira no Brasil e at� mesmo autorizar o uso de d�lares, euros e francos su��os por turistas em viagem ao pa�s para o pagamento de t�xi, restaurantes e hot�is. Atualmente, � proibida a circula��o de qualquer outra moeda no pa�s a n�o ser o real. O objetivo do BC � facilitar a estadia de estrangeiros durante as copas das Confedera��es (2013) e do Mundo (2014) e as Olimp�adas (2016). Entre as medidas analisadas est� a de liberar opera��es de c�mbio (troca de moeda estrangeira por real ou outra divisa) em lojas de conveni�ncias e outros tipos de com�rcio, como as farm�cias.
A preocupa��o do presidente do BC, Alexandre Tombini, no entanto, � com a seguran�a das opera��es. “A busca por moderniza��o e simplifica��o das regras de c�mbio e de transfer�ncias de dinheiro entre o Brasil e outros pa�ses n�o pode ser feita a qualquer custo”, ponderou ele, durante o Semin�rio sobre C�mbio Manual e Transfer�ncias de Pequenos Valores. Segundo o BC, diariamente, s�o realizadas 25 mil transa��es de c�mbio no Brasil. A estimativa � de que ocorram outras 80 mil em valores inferiores a US$ 3 mil – que dispensam registro do BC – mensalmente.
Geraldo Magela Siqueira, gerente executivo de Normatiza��o de C�mbio e Capitais Estrangeiros do BC, defendeu as altera��es “Um ponto que nos chama a aten��o � a dificuldade para o turista que chega de madrugada, sem reais no bolso, e precisa de moeda nacional para, por exemplo, fazer um lanche”, argumentou.
Outro lado
O contraponto a essas medidas foi apresentado pelo Minist�rio P�blico e pela Pol�cia Federal (PF). Jos� Robalinho Cavalcanti, procurador da Rep�blica no Distrito Federal, alertou que a flexibiliza��o pode criar um mercado paralelo no pa�s e facilitar a lavagem de dinheiro do crime organizado. J� Lu�s Fl�vio Zampronha, delegado da PF, ponderou que “se as institui��es autorizadas, como os correspondentes banc�rios e as lot�ricas, n�o tiverem mecanismos eficazes de combate � lavagem de dinheiro, podem acabar sendo usadas por bandidos”.