O ministro da Fazenda, Guido Mantega, aproveitou a visita do presidente do Banco Central do M�xico e candidato ao cargo de diretor-gerente do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Agust�n Carstens, para enfatizar que os pa�ses latino-americanos querem uma maior representa��o dentro do organismo internacional. “Os pa�ses emergentes s�o pouco representados no fundo, principalmente os latinos”, disse o ministro.
Segundo Mantega, o FMI possui 24 chefias de departamento e nenhum diretor � brasileiro ou mexicano.
O ministro enfatizou que a representa��o n�o ocorrer apenas nas vagas-chave, mas tamb�m em cargos que tenham poder de resolu��o di�ria. “Os latino-americanos querem ter participa��o maior e isso significa participa��o maior no dia-a-dia, pois decis�es importantes tamb�m s�o tomadas no dia-a-dia”, argumentou.
Mantega disse que, at� agora, o Brasil n�o tem posi��o fechada em rela��o � candidatura do FMI. “Estamos avaliando as candidaturas. � importante que Carstens tenha vindo ao Brasil para dizer o que pensa sobre essas quest�es”, observou o ministro. Na segunda-feira, a ministra das Finan�as da Fran�a, Christine Lagarde, que � candidata pela Europa, tamb�m esteve reunida com Mantega.
Elei��o
O presidente do BC do M�xico disse acreditar na possibilidade de vencer a disputa pelo comando do FMI. “Se a minha candidatura n�o tivesse possibilidade de vencer, n�o estaria fazendo o esfor�o que estou fazendo. Acredito que tenho os m�ritos e as habilidades para ser diretor-gerente do FMI”, afirmou, em entrevista coletiva ao lado do ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Carstens disse que, assim como o Brasil, muitos pa�ses est�o esperando que todos os poss�veis candidatos se apresentem para declarar seus apoios. O prazo para lan�amento de candidaturas vai at� 10 de junho. Carstens afirmou que recebeu express�es de simpatia de v�rios pa�ses, mas que elas n�o significam compromissos de voto. “Praticamente todos os pa�ses, com exce��o da Europa, est�o esperando que todos os candidatos se apresentem”, justificou. “Os �nicos que decidiram os votos, acelerando os passos, e de forma conservadora, s�o os europeus. Acredito que a escolha deveria ser por m�rito. Ainda estamos em uma etapa prematura do processo”, disse.