
Nem cr�dito mais caro, nem carestia devem fazer com que os apaixonados deixem de gastar. A Confedera��o Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) estima que o varejo vai aumentar as vendas em 10% neste ano frente igual per�odo de 2010, quando se registrou eleva��o de 7,23%, segundo dados do Servi�o de Prote��o ao Cr�dito (SPC). "Nossa estimativa reflete a manuten��o do consumo do brasileiro. Estamos otimistas com a cultura do consumidor nesta data, que � a terceira melhor do ano, perdendo apenas para Natal e Dia das M�es", justificou Andr� Luiz Pellizzaro, superintendente da CNDL.
Lu�s Augusto Ildefonso, diretor de Rela��es Institucionais da Associa��o Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) tamb�m espera pelo menos 10% de alta nas vendas. "As medidas macroprudenciais ainda n�o interferiram no mercado no varejo como na venda de autom�veis. O Dia das M�es mostrou que n�o houve um recrudescimento mais intenso da atividade econ�mica", afirmou.
O engenheiro Francisco Loureiro, 59, seguir� a tradi��o de presentear sua mulher com joia, neste Dia dos Namorados. "Os pre�os subiram demais. Estava pensando numa joia para a esposa, mas estou avaliando", disse. Para a comemora��o do pr�ximo fim de semana ele pretende dar � esposa um par de brincos. N�o deixam de ser joias e est�o mais em conta que um colar com pingente, por exemplo.
Para educadores financeiros, os gastos que ser�o realizados no Dia dos Namorados ser�o influenciados n�o apenas por infla��o ou custo do cr�dito, mas pela emo��o. "A compra vai depender da paix�o ou do compromisso, se o namorado ou namorada n�o ganhar presente, pode at� gerar briga", brincou Reinaldo Domingos. "Por�m, � preciso observar o que a pessoa realmente quer, quanto se tem dispon�vel para gastar e ver ainda se o pr�prio endividamento n�o est� elevado demais", ensinou. O educador ainda explicou que, caso as d�vidas estejam altas, a melhor op��o � abrir o jogo e "transformar o dia em um momento de muita emo��o" e pouco mercantilismo.