A colheita de batata doce em Minas Gerais entrou no est�gio mais avan�ado e pode superar a do ano passado, que alcan�ou 38 mil toneladas, o maior volume da s�rie hist�rica iniciada em 2001, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Segundo o superintendente de Pol�tica e Economia Agr�cola da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Seapa MG), Jo�o Ricardo Albanez, a regi�o do Alto Parana�ba � a principal refer�ncia para as estimativas de aumento da produ��o no Estado.
“Como o produto teve bons pre�os no ano passado, a safra atual deve apresentar crescimento de 30%, m�dia de expans�o da produ��o observada depois de per�odos de boa comercializa��o”, diz Albanez. Ele acrescenta que, segundo os dados do IBGE, o Alto Parana�ba respondeu em 2010 por cerca de 60% do volume de batata doce colhido no Estado. Depois vem as regi�es Central e Sul, com 18,3% e 17,7% da safra, respectivamente.
No ranking dos munic�pios produtores, a lideran�a � de Patroc�nio, no Alto Parana�ba, que no ano passado alcan�ou 14 mil toneladas. O segundo lugar foi de Guimar�nia, na mesma regi�o, que teve safra de 3,7 mil toneladas. As posi��es seguintes foram ocupadas pelos munic�pios de Caldas e Andradas, no Sul de Minas, com 2,5 mil e 2,3 mil toneladas, respectivamente, e Cruzeiro da Fortaleza, no Alto Parana�ba, com duas mil toneladas.
Otimismo
Levantamento realizado pela Emater-MG mostra que a colheita de batata doce em Patroc�nio alcan�ou cerca de 100 toneladas no primeiro quadrimestre de 2011. A quantidade ainda � pouco expressiva, mas o extensionista da Emater, Paulo Thompson, explica que o maior volume � colhido entre julho e outubro e sempre h� batata doce para ser arrancada, pois o plantio � ininterrupto.
Entre os produtores que apostam nas vantagens de produzir batata doce est� o agricultor familiar Renato Alves Batista. Ele mantinha no Assentamento S�o Pedro, em Patroc�nio, planta��es de inhame, car�, milho e batata doce.
Enquanto os grandes produtores de Patroc�nio aumentam o investimento em tecnologia nas lavouras de batata doce, os agricultores familiares, entre eles Batista, adotam geralmente pr�ticas de baixo custo. Uma das alternativas que utilizam � o plantio em solos anteriormente ocupados com planta��es de milho e soja. Al�m disso, preparam a terra e fazem o plantio apenas a partir de outubro ou novembro, depois das primeiras chuvas, porque geralmente n�o usam a irriga��o.
Renato Batista considera que foi beneficiado pelas �guas nesta safra. “As ramas plantadas em janeiro v�o possibilitar a colheita em julho, mas estamos observando se os pre�os do mercado recomendam arrancar a batata ou esperar um pouco”, assinala.
Por sua vez o extensionista Paulo Thompson explica que os grandes produtores do munic�pio tamb�m mant�m uma parte da batata doce debaixo da terra por um per�odo maior, a fim de aumentar a possibilidade de lucro com a safra. � o caso, principalmente, dos agricultores que t�m lavouras irrigadas em S�o Jo�o da Serra Negra, Esmeril e Retiro do Malhadouro. “Todos est�o atentos atualmente �s cota��es do produto: a caixa de batata doce (22 quilos) varia de R$ 18,00 a R$ 25,00 e pode atingir R$ 40,00 at� o final de julho”, prev� Thompson.
Ceasa
A batata doce produzida em Patroc�nio � vendida exclusivamente “in natura”, principalmente para a Ceasa de Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro. Este � o �nico destino da produ��o do agricultor familiar, Ant�nio de Souza, e de seus tr�s filhos, que se dedicam ao cultivo em plantios consorciados com car� e inhame em Serra Negra. De acordo com Souza, a colheita de batata doce nas lavouras da fam�lia, em 2011, deve alcan�ar duas mil caixas.