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Estado de Minas

Copom aumenta taxa b�sica de juros mais uma vez


postado em 08/06/2011 23:54 / atualizado em 09/06/2011 08:19

(foto: Banco Central)
(foto: Banco Central)

O Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) seguiu exatamente o roteiro previsto pelo mercado financeiro e decidiu hoje elevar a taxa b�sica de juros (Selic) em 0,25 ponto porcentual, para 12,25% ao ano. Com o movimento, o colegiado do Banco Central d� sequ�ncia ao processo de aperto monet�rio que tem por objetivo reverter a tend�ncia dos indicadores de pre�os em 12 meses e colocar o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) de volta na meta de 4,5% em 2012.

Ao anunciar a decis�o, o BC manteve o teor do comunicado da decis�o de abril. "Considerando o balan�o de riscos para a infla��o, o ritmo ainda incerto de modera��o da atividade dom�stica, bem como a complexidade que envolve o ambiente internacional, o Comit� entende que a implementa��o de ajustes das condi��es monet�rias por um per�odo suficientemente prolongado continua sendo a estrat�gia mais adequada para garantir a converg�ncia da infla��o para a meta em 2012", disse o colegiado do BC no comunicado de an�ncio da decis�o desta noite.

A eleva��o da taxa de juros busca conter o �mpeto da demanda de bens e servi�os na economia brasileira, que tem sido apontado como um dos fatores por tr�s da escalada dos pre�os no Pa�s. Com juros mais altos, n�o s� o cr�dito fica mais caro (especialmente em um ambiente no qual medidas adotadas pelo governo restringem o alongamento de prazos) para os consumidores, mas tamb�m se cria um incentivo para as pessoas guardarem dinheiro ao inv�s de aproveitarem seus ganhos de renda para gastar mais.

Coer�ncia

O ex-diretor do BC e economista-chefe da Confedera��o Nacional do Com�rcio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, explicou que, diante da sinaliza��o dada em abril, o Copom n�o tinha alternativa a n�o ser subir o juro em 0,25 ponto porcentual. Segundo ele, as condi��es da economia, com desacelera��o do crescimento e redu��o nos �ndices de pre�os, at� permitiriam manter a Selic, mas diante da mensagem passada pelo BC e das expectativas para 2012 ainda acima do centro da meta, a alta do juro b�sico � uma quest�o de coer�ncia.

Segundo Freitas, o aperto monet�rio de 0,25 ponto porcentual agora tem maior pot�ncia do que vinha ocorrendo. Isso porque a taxa de juros real, que desconta a infla��o, a partir de agora deve ser maior, j� que o Pa�s entrou em uma fase de "surpresas deflacion�rias", depois de um in�cio de ano em que a infla��o ficou acima do que todo mundo esperava.

"O juro real maior pode levar o BC a repensar novos aumentos da Selic", disse o economista, para quem uma sinaliza��o mais clara dever� ser dada na ata do Copom na semana que vem ou no relat�rio de infla��o no final deste m�s. "Se expectativas de infla��o continuarem caindo, n�o h� motivo para o juro subir mais", completou.

Para o economista-chefe do banco cooperativo Sicredi, Alexandre Barbosa, a situa��o da economia brasileira exige juros maiores, pois a infla��o n�o decorre s� de choques de oferta (como a alta de pre�os de alimentos), mas tamb�m de um excesso de demanda por bens e servi�os. Ele espera pelo menos mais uma alta de 0,25 ponto porcentual em julho na Selic. E avalia que a economia precisa crescer menos de 4% por algum tempo para que a infla��o seja colocada de volta na meta.

Barbosa recordou que a infla��o � dif�cil de ser reduzida no Brasil. Em 2009, por exemplo, ano de recess�o, o �ndice oficial de pre�os ficou em 4,3%, ante 5,9% em 2008. Ou seja, em um ano muito ruim para a economia, a infla��o foi colocada no centro da meta. O economista explica que n�o � necess�rio produzir uma recess�o para trazer o IPCA de volta � meta, mas � preciso crescer em ritmo menos intenso do que no in�cio do ano, quando a taxa anualizada de expans�o do Pa�s ficou acima de 5%.

(foto: Cruzeiro do Sul Corretora )
(foto: Cruzeiro do Sul Corretora )


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