A Magazine Luiza anunciou ontem a aquisi��o da rede Ba� da Felicidade, criada pelo apresentador e empres�rio S�lvio Santos, por R$ 83 milh�es. O neg�cio foi informado � Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM), do Banco Central (BC), por meio de fato relevante. A aquisi��o prev� a compra de 121 lojas localizadas em Minas Gerais, S�o Paulo e no Paran�. “Com a opera��o, a Magazine Luiza refor�a sua estrat�gia de consolida��o da sua presen�a nos mercados de atua��o, com destaque para o fortalecimento das opera��es no Paran� e na Regi�o Metropolitana de S�o Paulo”, informa a empresa no fato relevante.
Al�m da localiza��o estrat�gica das lojas do Ba�, a companhia destacou o foco da rede na classe C, mesmo p�blico-alvo das lojas da Magazine Luiza, como um dos motivos que a levaram a concretizar o neg�cio. Segundo a empresa, a celebra��o dos contratos definitivos deve ser feita at� o dia 30. A Magazine Luiza informou que o valor da opera��o representa cerca de 20% do faturamento bruto das lojas em 2010, “indicando um alto potencial de gera��o de valor para os acionistas”. A proje��o considera que as lojas n�o ter�o nenhuma d�vida ou caixa a serem pagos integralmente na data do fechamento da transa��o.
Com a opera��o, a Magazine Luiza consolida a posi��o de segundo maior grupo varejista de eletr�nicos e eletrodom�sticos do pa�s. Al�m disso, adiciona 3 milh�es de clientes � sua base de cart�es.
“A aquisi��o da rede Ba� complementa a Magazine Luiza por causa das lojas no Paran� e no interior de S�o Paulo”, diz o concorrente e diretor-presidente da M�quina de Vendas, formada pela fus�o da Ricardo Eletro com a rede Insinuante, Ricardo Nunes. Ele admite ter avaliado a aquisi��o, mas conta que desistiu do neg�cio “porque n�o t�nhamos nada no Paran�”. A cada dia, segundo ele, o varejo vem se consolidando e a situa��o fica mais dif�cil para os pequenos. L�cio Costa, propriet�rio da Suggar Eletrodom�sticos, acredita que a opera��o fortalece a Magazine Luiza e lembra que as unidades compradas do Ba� foram adquiridas antes da Dudony. “S�o lojas grandes e importantes em Maring�, Londrina e Grande Curitiba, que s�o cidades que precisam de uma grande cadeia de eletrodom�sticos. L� n�o tem Ricardo (Eletro), nem Ponto Frio”, lembra.
Na avalia��o do advogado Leonardo Guimar�es, especialista em fus�es e aquisi��es, o segmento de eletrodom�sticos passa por uma onda de crescimento e de consolida��o. “A mobilidade social faz com que o consumo desses produtos cres�a. � a consequ�ncia imediata do aumento do poder de compra da popula��o. Por isso, h� essa tend�ncia de consolida��o. A concorr�ncia � grande e uma rede compra a outra”.