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Estado de Minas

Pa�s recebe proposta francesa para commodities agr�colas


postado em 14/06/2011 13:48

A Fran�a enviou ontem ao Brasil suas propostas de discuss�o sobre a "financeiriza��o" das commodities agr�colas para serem discutidas no �mbito do G-20 na pr�xima semana, em Paris, conforme o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Para ele, a proposta � razo�vel e est� sendo analisada pelos t�cnicos da pasta, mas n�o trata dos subs�dios concedidos aos agricultores europeus, que tanto incomodam o setor rural brasileiro. "Queremos condi��es de livre competi��o", afirmou Rossi.

"O Brasil n�o vai � casa das pessoas para ofend�-las, mas vai lembrar dos subs�dios que, na Europa, s�o como o homem invis�vel: ningu�m v�", continuou o ministro, acrescentando que o Pa�s n�o prev� levar uma proposta ao grupo. Entre as sugest�es enviadas pelos franceses est� a forma��o de um estoque alimentar que poder� ser usado em car�ter emergencial em pa�ses do terceiro mundo durante crises. "Neste ponto concordamos e j� adianto que vamos participar", disse Rossi durante entrevista coletiva.

O ministro relatou, ainda, que a Fran�a defende uma maior disponibiliza��o das informa��es agr�colas por parte de todos os pa�ses produtores. Rossi disse que a transpar�ncia dos dados � importante para antecipar situa��es adversas e que, se todos colaborarem, ser� poss�vel fazer um sistema mundial de alerta contra problemas de seguran�a alimentar. Ele ressaltou que os dados do Brasil j� est�o dispon�veis e s�o atualizados constantemente.

O ponto mais pol�mico da proposta francesa � promover uma maior interfer�ncia dos governos no mercado de commodities, para diminuir a volatilidade dos pre�os agr�colas.

Quando foi sugerida, essa ideia recebeu duras cr�ticas de v�rios setores produtivos. Mas os franceses disseram, na ocasi�o, que a proposta foi mal interpretada. O que eles querem, segundo Rossi, � um maior controle de instrumentos financeiros aplicados na comercializa��o de produtos agr�colas no mercado, especialmente de hedge e contratos a termo.

A an�lise que se tem � de que esses contratos s�o sempre feitos com pre�os maiores para o futuro, o que ajuda a aumentar os pre�os atuais e intensificar a especula��o. "Pela avalia��o, esse � um elemento que pode conturbar mercados e tem efeito especulativo. O que temos de discutir no G-20 � se temos capacidade de agir em rela��o a esses mercados", considerou Rossi.

Ele lembrou que durante os �ltimos 30 anos o pre�o dos alimentos apresentou trajet�ria de queda e ningu�m prop�s reuni�o para discutir o assunto. "Agora que temos capacidade produtiva e tecnol�gica, n�o � justo discutir controle de pre�os agr�colas, at� porque vivemos em um mundo de mercado", afirmou.

Para Rossi, o controle dos pre�os pode "matar" a agricultura e a �nica forma de solucionar o problema da volatilidade � aumentando a oferta de produtos. O ministro refor�ou que o Brasil deseja condi��es de livre concorr�ncia, pois o produtor brasileiro ganha nove a cada dez competi��es, oferecendo produto de alta qualidade, agricultura eficiente e pre�o razo�vel.

Embargo russo

Na v�spera do prazo final de importa��o de carnes de 85 frigor�ficos brasileiros pela R�ssia, amanh�, o governo ainda tem expectativa de que a data para a implementa��o da medida restritiva seja suspensa, ou pelo menos prorrogada. "N�o recebemos uma resposta final, mas demos a sinaliza��o que os russos esperavam", afirmou Rossi. O ministro disse que o Brasil j� come�ou a atender os 18 pontos da carta enviada pelo pa�s importador e a realizar an�lises laboratoriais em todas as plantas amea�adas de serem impedidas de vender � R�ssia.

"Fizemos as duas coisas e vamos enviar as informa��es � R�ssia ainda hoje", disse Rossi, acrescentando que o corpo diplom�tico brasileiro tamb�m trabalha com uma a��o conjunta insistindo na prorroga��o do prazo. O ministro afirmou estar otimista em rela��o a uma resposta ainda hoje e que espera a autoriza��o da R�ssia para que o Brasil possa enviar uma miss�o a Moscou. "A situa��o � muito grave, muito dif�cil", disse.


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