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Estado de Minas

Minas aumenta exporta��es para EUA, Jap�o e It�lia

Pa�ses ampliam importa��o de produtos mineiros no ano e ajudam estado a aumentar vendas externas em 59%


postado em 16/06/2011 06:00 / atualizado em 16/06/2011 06:13

No rastro das �vidas compras chinesas no mercado internacional, os Estados Unidos, o Jap�o e a It�lia contribu�ram fortemente, embora em menor intensidade que o gigante asi�tico, para o avan�o das exporta��es de Minas Gerais de janeiro a abril, que somaram US$ 11,649 bilh�es. Os produtos mineiros vendidos no exterior garantiram um acr�scimo de receita de 59,6% na compara��o com o primeiro quadrimestre do ano passado (US$ 7,297 bilh�es), maior taxa de crescimento observada entre os sete estados que mais exportaram, conforme estudo detalhado sobre o com�rcio de Minas com o exterior divulgado nessa quarta-feira pela Funda��o Jo�o Pinheiro, em Belo Horizonte. Comparada ao f�lego exportador do Brasil, com aumento de 31,3% no per�odo analisado, a performance mineira foi melhor em quase o dobro.

O Esp�rito Santo ficou na vice-lideran�a do ranking nacional medido com base na expans�o das vendas externas frente a 2010, a despeito do d�lar fraco que favorece as importa��es. Os embarques capixabas cresceram 58,2% e S�o Paulo, que sozinho responde por algo em torno de um quarto de tudo o que o pa�s exporta, registrou crescimento bem modesto, de 15,9%. Os dados foram obtidos a partir do banco de informa��es do Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (MDIC). A an�lise mostra que apesar da recupera��o ainda dif�cil da economia americana e da Europa, depois do abalo da crise financeira de 2008 e 2009, os tradicionais parceiros comerciais de Minas seguem aumentando as compras. Esses dois mercados haviam reduzido de forma dr�stica as suas importa��es de Minas em 2009. Pa�s em reconstru��o, o Jap�o, da mesma forma, elevou suas compras.

Al�m do min�rio de ferro, produtos sider�rgicos e caf�, as estrelas dos neg�cios do estado no exterior, ve�culos, pedras preciosas e granitos ajudaram a elevar a receita mineira nos primeiros quatro meses do ano, observou a pesquisadora Elisa Maria Pinto da Rocha, autora do estudo da Funda��o Jo�o Pinheiro. “Trata-se de um desempenho muito positivo num momento de incerteza e at� retrocesso na economia mundial. Se o estado chegar ao fim do ano com crescimento das exporta��es para pa�ses que est�o andando de lado, como os Estados Unidos, podemos nos considerar satisfeitos”, afirma.

Outros mercados

Se a China continua a fazer sombra aos demais pa�ses de destino das exporta��es mineiras, garantindo ao estado uma receita de US$ 3,548 bilh�es de janeiro a abril, com crescimento de 122,7% ante os primeiros quatro meses de 2010, os Estados Unidos tamb�m exibiram aumento expressivo. As compras norte-americanas de produtos mineiros somaram US$ 903 milh�es, receita 51,5% superior aquela registrada de janeiro a abril do ano passado. O avan�o ganha import�ncia, de acordo com Elisa Rocha, tendo em vista a participa��o de bens de alto valor nesse com�rcio, a exemplo de carros e pedras.

A It�lia tem um perfil semelhante de compras, que incluem pedras e granito, al�m de ve�culos, num com�rcio incrementado pelos neg�cios da Fiat Autom�veis, sediada em Betim, na Grande Belo Horizonte. As exporta��es para o pa�s-sede da montadora alcan�aram US$ 376,076 milh�es, com aumento de 58% em rela��o aos neg�cios faturados de janeiro a abril de 2010. Min�rio e produtos sider�rgicos mineiros explicam a eleva��o das vendas para o Jap�o, de 42,06% no per�odo analisado, pa�s que sofreu recentemente um dram�tico terremoto seguido de tsunami.

Com o bom desempenho das vendas para os EUA e a Europa, foram os pequenos munic�pios mineiros exportadores que se destacaram com fartas taxas de crescimento das vendas de janeiro a abril. Segundo a pesquisadora Elisa Rocha, da Funda��o Jo�o Pinheiro, Caet�, na Grande Belo Horizonte, vendeu 42.786% a mais em ouro em barras para o Reino Unido e a Su��a e a cidade de Santa Juliana, no Alto Parana�ba, obteve receita 2.000% maior no primeiro quadrimestre deste ano com os embarques de a��car para a Rom�nia, R�ssia e China. Como a larga vantagem do min�rio de ferro e outros produtos minerais permanece – esse grupo foi respons�vel por 45% das exporta��es totais de Minas –, a lista dos maiores exportadores do estado continua liderada por Itabira, na por��o central do estado, seguida de Nova Lima, Arax� e Ouro Preto, munic�pios que t�m uma economia ligada � extra��o mineral.

 

Importa��es van�am 29,7%

 

As cr�ticas generalizadas da ind�stria brasileira contra a valoriza��o do real frente ao d�lar e a invas�o de produtos importados faz sentido � luz do balan�o do com�rcio de Minas Gerais com o exterior. As importa��es atingiram US$ 3,518 bilh�es de janeiro a abril, com crescimento de 29,7% frente ao primeiro quadrimestre de 2010, resultado inferior ao das exporta��es, mas � no embarque de autom�veis que se observa o desequil�brio entre as duas vidas de com�rcio. O saldo da balan�a comercial de Minas somou US$ 8,130 bilh�es no per�odo, com alta de 77,4%. As vendas externas mineiras de ve�culos, produtos de alto valor, ca�ram 3,1% neste ano, enquanto as importa��es aumentaram 32,9%.

A pesquisadora Elisa Rocha, da Funda��o Jo�o Pinheiro, verificou que esse descompasso ocorreu no Paran� em grau at� superior, j� que o estado importou 97,2% a mais, ao passo que suas exporta��es diminu�ram 9,3%. Na m�dia brasileira, a taxa de crescimento das exporta��es foi de 16,1%,  ante os 37% de avan�o das importa��es. Os ve�culos que mais entram no Brasil t�m origem na Coreia e em Minas as compras no exterior est�o sendo feitas, particularmente, na Alemanha, It�lia e Argentina. “H� uma justa preocupa��o. No conjunto do pa�s e nos principais estados exportadores, observa-se forte expans�o das importa��es (de ve�culos) frente a um p�fio desempenho das exporta��es”, afirma a pesquisadora.

M�quinas

Os fabricantes de m�quinas e equipamentos, outro setor afetado pela pol�tica cambial no Brasil, discutiram a chamada desindustrializa��o nessa quarta-feira em Belo Horizonte. O presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria de M�quinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, alertou para a queda da participa��o das exporta��es no faturamento do setor, de 34% em 2005 para 23% neste ano, de janeiro a abril. As importa��es superam as exporta��es desde 2004 e o d�ficit da balan�a comercial j� acumula US$ 50,3 bilh�es.

“O Brasil � que n�o � competitivo”, desabafou Luiz Aubert, mencionando a pol�tica cambial que mant�m o real valorizado, a alta taxa de juros, o chamado custo Brasil e a elevada carga tribut�ria no pa�s. Com grande participa��o no parque industrial brasileiro, a produ��o das ind�strias de m�quinas e equipamentos diminuiu 5,4% em abril, depois de quatro meses de crescimento, conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). (MV)


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