O Banco Central (BC) voltou a sinalizar, na ata da �ltima reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), a necessidade de que o ajuste de alta da taxa de juros seja feito por um per�odo "suficientemente prolongado", a fim de garantir a converg�ncia da infla��o para o centro da meta de 4,5% em 2012. O BC afirmou, no entanto, que v� sinais mais favor�veis para a infla��o.
Essa � a novidade em rela��o a ata da reuni�o do Copom de abril, quando o BC avaliava que o cen�rio prospectivo para a infla��o n�o tinha evolu�do favoravelmente. Agora, a autoridade monet�ria est� mais otimista. "Embora incertezas crescentes que cercam o cen�rio global e, em escala bem menor, o cen�rio dom�stico, n�o permitam identificar com clareza o grau de perenidade de press�es inflacion�rias recentes, o Comit� avalia que o cen�rio prospectivo para a infla��o mostra sinais mais favor�veis", destaca o documento, divulgado na manh� de hoje.
Para o Copom, a implementa��o de ajustes das condi��es monet�rias por um per�odo suficientemente prolongado continua sendo a estrat�gia mais adequada para garantir a converg�ncia da infla��o para a meta em 2012. Essa avalia��o leva em considera��o o ritmo ainda incerto de modera��o da atividade dom�stica, bem como a complexidade que envolve o ambiente internacional.
Em sua �ltima reuni�o, o Copom elevou de 12,00% para 12,25% ao ano a Selic (a taxa b�sica de juros da economia). Desde janeiro deste ano, quando come�ou o ciclo de alta dos juros, a Selic j� subiu 1,50 ponto porcentual.
Riscos
Na ata, o BC afirma que identifica riscos � concretiza��o de um cen�rio em que a infla��o convirja "tempestivamente" para o valor central da meta, de 4,5%. Para o Copom, prevalece um n�vel de incerteza "acima do usual".
No exterior, segundo o documento, as evid�ncias apontam modera��o no processo de recupera��o em que se encontram as economias do G-3 (EUA, Europa e Jap�o). Na avalia��o do BC, o ambiente externo tem influ�ncia amb�gua sobre o comportamento da infla��o dom�stica.
No �mbito interno, o BC avalia que a��es macroprudencias e, principalmente, a��es convencionais de pol�tica monet�ria recentemente implementadas ainda ter�o seus efeitos incorporados � din�mica dos pre�os.