
No novo sistema, os hot�is s�o classificados de simples at� luxuosos. No caso dos cinco estrelas, as exig�ncias se estendem a servi�os sofisticados, como obrigatoriedade de cozinha internacional e card�pio em portugu�s e mais dois idiomas. Na capital, a estimativa da Associa��o Brasileira da Ind�stria de Hot�is (ABIH regional Minas Gerais) � de que o Hotel Ouro Minas permane�a como cinco estrelas. Mas dos 20 novos empreendimentos que ser�o inaugurados at� 2014, e j� pediram autoriza��o � prefeitura para iniciar o processo de constru��o, pelo menos dois s�o candidatos a levar a classifica��o m�xima. A cidade conta atualmente com 18 mil leitos e aproximadamente 60% da capacidade deve receber de uma a quatro estrelas. No total de investimentos previstos para a Copa 2014, incluindo aqueles que est�o em negocia��o e ainda n�o t�m autoriza��o da prefeitura, sete hot�is s�o de padr�o cinco estrelas, 12 de 4 estrelas, 21 tr�s estrelas e um hotel � de padr�o m�nimo.
Festa ruim
Sem normas ou fiscaliza��o, a classifica��o por estrelas se tornou uma festa que nem sempre orientava o turista na dire��o correta. Apesar de diversos pacotes tur�sticos serem oferecidos para hot�is e resorts estampando uma verdadeira constela��o, no pa�s, dos 28 mil estabelecimentos, apenas nove eram oficialmente classificados. “Agora a autoclassifica��o est� proibida por lei”, aponta Silv�nia Capanema, vice-presidente da ABIH em Minas.
O presidente da Associa��o Brasileira de Ag�ncias de Viagens (Abav-MG), Jos� Maur�cio Gomes, explica que a classifica��o � importante especialmente para o turista estrangeiro, e deve melhorar a imagem do pa�s no exterior. Segundo ele, o sistema deve p�r fim �s reclama��es de consumidores que viajam para um determinado padr�o de hotel, mas n�o encontram os servi�os ou acomoda��es esperados. “Com o novo sistema o turista vai saber exatamente para onde est� indo”, comenta ele, ressaltando que o padr�o adotado segue modelo internacional.
Segundo Silv�nia Capanema, se a classifica��o tivesse in�cio imediatamente, 40% da capacidade hoteleira da cidade poderia se candidatar �s estrelas. “Com pequenos ajustes esse percentual pode subir para 60%.” A classifica��o � opcional, mas o hotel que se candidatar ser� fiscalizado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normaliza��o e Qualidade Industrial (Inmetro). “Os auditores far�o averigua��es rotineiras. N�o existe multa para quem descumprir as regras, a penalidade � perder as estrelas”, aponta o diretor da Secretaria Nacional de Turismo, Ricardo Moesch. Ele explica que o sistema foi dividido em sete tipologias, que dividem os hot�is em padr�es de uma estrela at� luxuosos resorts com a classifica��o m�xima.
Para compor o seu padr�o, cada hotel vai escolher 70% de itens obrigat�rios e 30% eletivos. Para ser chancelado com estrelas, ser� necess�rio cumprir 100% dos crit�rios obrigat�rios na categoria e ao menos 30% dos eletivos. Outra norma publicada nessa ter�a-feira no Di�rio Oficial instituiu que somente os hot�is que passarem por essa inspe��o ter�o direito a usar o sistema de classifica��o em estrelas.
Sustentabilidade
Algumas exig�ncias, como piscina e sauna, deixaram de ser obrigat�rias para se tornar uma op��o do hotel. Outras, como oferecer internet nos quartos, � obrigat�ria a partir do padr�o tr�s estrelas. Normas de sustentabilidade v�o ser exigidas para todos. O hotel ter� que provar que economiza �gua e energia e, para isso, modifica��es em sistemas de climatiza��o, por exemplo, tornam-se obrigat�rias. Os estabelecimentos tamb�m ter�o de implementar a��es de reciclagem de lixo.
Mas outras medidas, como ter decora��o compat�vel com o padr�o, tamb�m fazem parte do sistema de classifica��o, que divide as hospedagens em sete tipos: hotel, resort, hotel-fazenda, cama e caf�, hotel hist�rico, pousada e flat/apart hotel. Os albergues n�o foram inclu�dos por contarem com acomoda��es coletivas.
Alguns estabelecimentos de bandeira internacional podem n�o aderir ao sistema, mas, na opini�o da vice-presidente da ABIH, a grande maioria deve se adequar, j� que para o consumidor o sistema de classifica��o � um ponto de partida para a escolha do empreendimento hoteleiro. “Foi uma irresponsabilidade retirar o sistema de classifica��o do pa�s”, diz Jos� Maur�cio, que considera que o turismo e a credibilidade internacional do sistema brasileiro de hospedagem ficaram comprometidos. A suspens�o oficial foi feita em dezembro do ano passado, mas j� n�o tinha credibilidade h� muito mais tempo por n�o contar com fiscaliza��o.