Em meio a manifesta��es do lado de fora do Parlamento, o governo da Gr�cia conseguiu ontem um voto de confian�a para evitar um calote da d�vida. J� era madrugada de quarta-feira, no hor�rio local, quando a Assembleia deu um voto de confian�a ao governo, modificado pelo primeiro-ministro, George Papandreou, para promover a resolu��o que adotar� um doloroso programa de austeridade fiscal no pa�s. O placar ficou em 155 votos a favor, ante 143 contra e duas absten��es. Todos os deputados do Partido Socialista de Papandreou votaram com o governo.
“Se ficarmos com medo, se jogarmos fora essa oportunidade, a hist�ria vai nos julgar muito duramente”, disse Papandreou, em um �ltimo apelo zntes da vota��o. Bastante monitorada pelos mercados, a sess�o levou o euro a subir, embora operadores tenham dito que cont�nuas preocupa��es com a implementa��o das medidas contiveram o avan�o da moeda.Manifestantes se posicionaram em frente ao Parlamento, na pra�a Syntagma, gritando slogans contra as autoridades. Eles jogavam as m�os para a frente, em uma tradicional forma de insulto.
Ultimato
O governo de Papandreou precisa rapidamente passar por mais dois testes: aprovar o plano de austeridade e as leis necess�rias para sua implementa��o, a fim de obter um novo pacote de resgate para evitar que o Estado grego torne-se o primeiro da Zona do Euro a declarar morat�ria e causar um desastre econ�mico global. A vota��o ocorreu ap�s um ultimato dado pelas autoridades europeias para que o pa�s implemente novas reformas impopulares.
Morat�ria ronda EUA
Ao alertar que tratar� qualquer pacote de resgate de t�tulos soberanos da Gr�cia como uma morat�ria, a ag�ncia de classifica��o de risco Fitch disse, ontem, que tamb�m v� o mesmo risco para os Estados Unidos caso o pa�s n�o consiga elevar o teto de endividamento do governo. Em resposta, o secret�rio do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, afirmou que as autoridades de seu pa�s chegar�o a um acordo sobre o or�amento a tempo de equacionar o problema e a perda da capacidade legal de emiss�o de t�tulos. “Vamos evitar uma crise de morat�ria, n�o h� d�vida sobre isso”, prometeu.