
"N�s temos o apoio dos nossos parceiros porque eles reconhecem os sacrif�cios do povo grego. N�s estamos tentando tudo o que podemos para colocar a nossa casa em ordem", declarou Papandreou ap�s dois dias de discuss�es com outros l�deres europeus em Bruxelas. Um acordo final sobre o novo resgate � esperado ou na reuni�o de 3 de julho ou na de 11 de julho entre os ministros de Finan�as da zona do euro.
Segundo fontes da UE, o novo pacote de resgate incluir� 30 bilh�es de euros em rolagem de b�nus gregos por investidores privados, 30 bilh�es de euros em vendas de ativos estatais gregos e o restante em novos empr�stimos da UE e do FMI. "A nova linha ser� similar em valor" � primeira, informou Papandreou.
No entanto, para a Gr�cia obter o dinheiro o Parlamento grego precisa aprovar na pr�xima semana um plano de austeridade de 28 4 bilh�es de euros que inclui maiores impostos e cortes de custos.
"O senso de responsabilidade nacional vai reinar na vota��o parlamentar", disse Papandreou quando perguntado se ele espera que todos os 155 deputados socialistas, aliados ao governo, apoiem o pacote na Casa, que tem 330 assentos. Partidos da oposi��o t�m afirmado que v�o votar contra o plano, enquanto um deputado socialista disse que tamb�m ser� contra e outro declarou que vai se decidir na pr�xima semana.
Papandreou afirmou que a Uni�o Europeia est� passando por uma crise e parece relutante em "enfrentar seus pr�prios problemas de d�vida". O premi� disse que o programa de privatiza��o grego � "muito ambicioso e complicado, mas precisamos seguir em frente". Ao ser perguntado se seria melhor para a Gr�cia abandonar o euro, Papandreou respondeu que isso significaria um "default imediato".
UE rola d�vida
Os governos europeus est�o trabalhando para superar obst�culos na tentativa de convencer seus bancos a voluntariamente rolarem at� 30 bilh�es de euros em b�nus gregos que vencer�o nos pr�ximos anos, segundo pessoas com conhecimento do assunto. Autoridades dos Minist�rios de Finan�as da Alemanha, Fran�a e outros pa�ses t�m pedido que os credores privados da Gr�cia compartilhem o �nus de um segundo resgate para o governo grego. Tal medida, que significa que os credores incorrer�o em preju�zos, precisa ser aceita voluntariamente para evitar que as ag�ncias de classifica��o de risco afirmem que a Gr�cia declarou a morat�ria de sua d�vida.
Hoje o primeiro-ministro da Espanha, Jos� Luiz Rodriguez Zapatero, disse que as institui��es financeiras espanholas est�o dispostas a participar da rolagem da d�vida da Gr�cia. "Isso n�o deve representar um problema significativo para as institui��es financeiras em raz�o de sua baixa exposi��o" � d�vida grega, declarou Zapatero ap�s uma reuni�o de l�deres da Uni�o Europeia em Bruxelas.
O presidente da Fran�a, Nicolas Sarkozy, tamb�m se mostrou otimista. "N�s tivemos muitas reuni�es com bancos e empresas de seguro franceses e n�s fomos informados sobre todas as reuni�es na zona do euro com institui��es equivalentes e n�o temos dificuldades ou preocupa��es", disse Sarkozy.
Os l�deres da Uni�o Europeia esperam que "um montante substancial" seja inclu�do no pr�ximo pacote de ajuda para a Gr�cia a partir das rolagens dos b�nus gregos pelos investidores privados. Mas v�rias quest�es, como as garantias que os investidores pedem e as cont�nuas obje��es do Banco Central Europeu (BCE), ainda precisam ser resolvidas, segundo fontes.
Os governos europeus esperam ter uma ideia mais clara sobre o envolvimento do setor privado a tempo das reuni�es de ministros de Finan�as da zona do euro nos dias 3 de julho e 11 de julho, quando os detalhes sobre o pr�ximo pacote de ajuda para a Gr�cia dever�o ser definidos.
"O plano � rolar um m�ximo de 30 bilh�es de euros em b�nus com vencimento at� o fim de 2014 ou 2015. Os l�deres acham que isso � poss�vel, mas reconhecem que ser� dif�cil tudo ser resolvido at� o dia 3 de julho e reconhecem que ainda h� certa relut�ncia de alguns diretores do BCE que temem que isso seja visto como um evento de cr�dito pelas ag�ncias de rating", disse uma fonte.
Mesmo uma rolagem volunt�ria da d�vida grega pode n�o ser suficiente para evitar que a Gr�cia seja declarada em morat�ria. Ag�ncias de rating t�m alertado que a rolagem da d�vida de um pa�s como a Gr�cia, que � classificada bem abaixo do grau de investimento, provavelmente ser� considerada um default.