O varejista Casino conseguiu que a Justi�a francesa apreendesse documentos que revelam conversas entre seu concorrente Carrefour e o empres�rio Abilio Diniz sobre uma poss�vel fus�o no Brasil. O material est� em poder da corte de Nanterre, na Fran�a.
Esse � o �ltimo epis�dio de uma disputa entre a rede Casino, que det�m 37% do capital do Grupo P�o de A��car, e seu s�cio local, o empres�rio Abilio Diniz.
A apreens�o de documentos � um procedimento de preserva��o de provas. O material pode ser requisitado, por exemplo, pela C�mara de Com�rcio Internacional. No in�cio do junho, o Casino entrou com um pedido de arbitragem perante a c�mara para que Abilio passasse a “cumprir todas suas obriga��es conforme acordo de acionistas”.
Segundo informou a ag�ncia Reuters, o Casino protocolou, no in�cio do m�s, um pedido para que a justi�a buscasse, nos escrit�rios do Carrefour, documentos que demonstrassem “a exist�ncia e o conte�do de negocia��es” entre o rival franc�s e Abilio. De um total de 150 documentos avaliados, 22 demonstram que havia uma discuss�o em curso entre Abilio Diniz, ou sua assessoria financeira Est�ter, e o Carrefour. N�o se sabe quais foram os termos da conversa. O material apreendido, conforme o jornal O Estado de S.Paulo apurou, � composto basicamente por e-mails.
Hostil
O clima hostil fez com que o Casino entrasse com o pedido de arbitragem. Na pr�tica, tratava-se de uma advert�ncia p�blica ao s�cio. Na semana passada, a rede francesa enviou mais um sinal: aumentou em 3,3% sua participa��o no Grupo P�o de A��car com um investimento de U$S 363 milh�es.
Por tr�s do conflito est� o acordo de acionistas firmando entre Casino e Abilio em 2006. H� um ano, o empres�rio brasileiro tenta, sem sucesso, revert�-lo. Pelos termos do documento, de junho de 2012, o Casino pode exercer uma op��o de compra e passar a deter o controle do grupo. Hoje, o controle � compartilhado entre Abilio e o Casino.
O Carrefour, por sua vez, veio a p�blico, nesta semana, para dizer que vai manter o controle de suas opera��es no Brasil. Lars Olofsson classificou not�cias sobre a negocia��o da subsidi�ria brasileira como “rumores”. Ele n�o descartou, por�m, o que classificou como “oportunidades de crescimento”. Procurados, P�o de A��car, Casino e Carrefour n�o se manifestaram.