
Apenas um ter�o das escolas e institutos da Inglaterra funcionaram normalmente, os demais, divididos aproximadamente na mesma propor��o, estavam fechado ou funcionando parcialmente, segundo dados do governo. Quanto aos funcion�rios do Estado, cerca de 25% aderiram � greve. Al�m das escolas, alguns tribunais, reparti��es fiscais, servi�os de emprego e at� museus foram afetados pela greve contra a proposta de reforma das aposentadorias, que, segundo alguns sindicatos, ir� for��-los a "contribuir mais, trabalhar mais tempo e receber menos depois da aposentadoria".
Os trastornos previstos em portos, aeroportos e esta��es ferrovi�rias internacionais devido � ades�o dos agentes aduaneiros e de imigra��o n�o ocorreram. "Esta � a greve com mais adeptos que j� tivemos", declarou com satisfa��o o secret�rio geral do sindicato de Servi�os P�blicos e Comerciais (PCS), que considerou que estavam enviando "uma mensagem clara ao governo de que n�o toleraremos estes ataques aos nossos direitos, �s aposentadorias conquistadas duramente, e lutaremmos contra os cortes".
Os grevistas fizeram piquetes desde o come�o da manh� na frente de v�rios edif�cios p�blicos, e ao meio-dia milhares de pessoas estavam concentradas no centro de Londres para uma grande manifesta��o com bandeiras com dizeres como "N�o deixem roubar as aposentadorias". Se for aprovada a reforma, que � parte do rigoroso plano de austeridade para diminuir o d�ficit do governo, as aposentadorias dos funcion�rios p�blicos j� n�o ser�o calculadas em rela��o ao �ltimo sal�rio, mas ao rendimento m�dio em rela��o a todos os anos trabalhados, al�m de prever um aumento da contribui��o e da idade para a aposentadoria para 66 anos em 2020, quando atualmente � de 60.
Cameron, que considera que a greve � "desnecess�ria e prematura", acredita que, se a reforma n�o for realizada, "o sistema previdenci�rio corre o risco de quebrar" devido ao aumento da expectativa de vida. O maior sindicato de funcion�rios, Unison, que continua negociando com o governo, n�o aderiu � greve, mas advertiu que, se o resultado n�o for satisfat�rio, convocar� novas paralisa��es para depois do ver�o (boreal).
A ira dos cidad�os tem aumentado nos �ltimos meses contra as medidas aprovadas com a coaliz�o dos conservadores e liberais-democratas liderados por Cameron, que, no caso do setor p�blico, tamb�m implica em um congelamento salarial e na redu��o de mais de 330 mil empregos at� 2015. Os estudantes foram os primeiros a ir �s ruas no final do ano passado para protestar contra o aumento das anuidades nas universidades, e em mar�o 250 mil pessoas se manifestaram em Londres contra os cortes.