Se a proposta de fus�o entre a opera��o brasileira do Carrefour e o Grupo P�o de A��car for concretizada, as gigantes do varejo ter�o 69% das vendas no Estado de S�o Paulo. Apesar do que diz Abilio Diniz, isso significa que as duas empresas podem atingir no principal mercado consumidor do Pa�s uma concentra��o que � mais que o dobro que elas juntas ter�o nacionalmente (32%).
Os c�lculos foram feitos por analistas de varejo com base em dados de 2010 do setor, apurados pela Nielsen para a Associa��o Brasileira de Supermercados (Abras) e proje��es de mercado. Em 2010, a receita nacional do setor de supermercados somou R$ 201 6 bilh�es, segundo a Abras.
A forte concentra��o de mercado no Estado, que � o par�metro das negocia��es para o restante do Pa�s, j� tira o sono dos fornecedores, preocupados com a perda de poder de barganha, caso se forme esse mega varejista. Tamb�m os trabalhadores temem o corte no emprego, especialmente de setores nos quais ser� poss�vel obter uma grande economia de custos, como log�stica e administra��o. Na semana passada, quando tornou-se p�blica a proposta de uni�o das duas empresas, um dos pontos ressaltados foi a economia de custos do neg�cio, que pode chegar a R$ 1,8 bilh�o.
"Todas as ind�strias est�o preocupadas, at� as grandes”, afirma uma fonte do setor que prefere o anonimato. O temor dos fabricantes � a perda de for�a nas negocia��es, que envolve mais descontos nos pre�os, exig�ncia de verbas maiores para marketing por exemplo, e at� redu��o dos volumes vendidos. "Nenhuma fus�o amplia o faturamento”, diz a fonte. Normalmente h� uma redu��o de vendas da ordem de 5%, quando as empresas se unem.
Entre os setores que podem ser mais afetados com a uni�o das duas empresas est�o aqueles nos quais h� in�meros fabricantes, como o de massas aliment�cias.