
Para Mantega, o movimento de valoriza��o do real est� ligado � estrat�gia monet�ria registrada nos pa�ses desenvolvidos. "O QE2 (sigla em ingl�s para desaperto quantitativo) acabou, mas ainda existe expans�o monet�ria", afirmou. O ministro refor�ou que o c�mbio � uma preocupa��o para o governo ao responder sobre a necessidade de novas altas dos juros para conter a economia. "Estamos planejando medidas o tempo todo, mas n�o posso antecipar", disse, sobre a possibilidade de nova a��o no c�mbio.
Mantega participou na manh� de hoje, em Londres, de um semin�rio fechado � imprensa sobre as oportunidades de investimentos no Brasil organizado pelo BTG Pactual. Ele disse que passou a vis�o de que o Brasil segue ritmo de crescimento sustent�vel, sem superaquecimento, com mercado de consumo s�lido, investimentos crescentes e resultados positivos no mercado de trabalho. O ministro tamb�m avaliou que a situa��o fiscal est� melhorando em rela��o ao per�odo de expans�o registrado durante a crise. Em 2011, o Brasil registrar� d�ficit fiscal pequeno, menor do que a maioria dos pa�ses, frisou.
IPCA
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que a economia brasileira est� "quente", e n�o superaquecida. "S�o coisas diferentes, o crescimento j� foi ajustado para uma faixa entre 4,5% e 5%", disse a jornalistas, ap�s participar de evento do BTG Pactual, em Londres. Ele refor�ou que a economia est� desacelerando e que a infla��o vem caindo. Segundo o ministro, o pr�ximo �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) vir� "baixo e seguir� baixo pelos pr�ximos meses". Ao ser questionado sobre se o processo de desacelera��o era suficiente para impedir novas altas de juros, Mantega afirmou que "o BC (Banco Central) far� o que for necess�rio para manter a infla��o sob controle".
Nesta segunda-feira, mesmo com o Relat�rio de Infla��o do Banco Central, no cen�rio de refer�ncia, estimar uma infla��o em 2011 de 5,8%, o Minist�rio da Fazenda manteve em 5,6% a previs�o de IPCA para este ano. Para 2012, a estimativa caiu de 4,6% para 4,5%, o centro da meta. Os n�meros s�o os mesmos do Relat�rio de Infla��o do m�s de mar�o e constam do documento Economia Brasileira em Perspectiva, referente ao bimestre mar�o e abril, mas publicado hoje no site do Minist�rio da Fazenda. "Depois de alcan�ar n�veis elevados desde o in�cio do ano, a infla��o de maio desacelerou, com revers�o no comportamento dos pre�os que vinham exercendo press�o de alta", destaca o documento.
Para a Fazenda, ajudaram na redu��o da press�o inflacion�ria, a dissipa��o das m�s condi��es clim�ticas, que provocaram perda na produ��o de alimentos, e as medidas de pol�tica econ�mica, como a alta da taxa b�sica de juros e as restri��es impostas sobre o cr�dito. "Tais fatores t�m conduzido a trajet�ria de expans�o da demanda para o ritmo de crescimento da oferta, sem comprometer os n�veis de renda e emprego", afirma. A Fazenda destaca que as expectativas dos agentes quanto � infla��o futura est�o sendo revistas para baixo, segundo a pesquisa Focus, conduzida pelo Banco Central.