A chanceler alem�, Angela Merkel, afirmou nesta ter�a-feira que o Fundo Monet�rio Internacional (FMI), a Comiss�o Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) devem manter sua independ�ncia de julgamento enquanto negociam um novo pacote de ajuda para a Gr�cia. A declara��o foi uma resposta ao alerta feito ontem pela ag�ncia de classifica��o de risco Standard & Poor's, de que poderia considerar a proposta francesa de rolagem da d�vida grega como um default (calote) seletivo.
"� importante que n�s, o FMI, o Banco Central Europeu e a Comiss�o Europeia n�o deixemos que tirem nossa pr�pria capacidade de julgamento", afirmou Merkel durante entrevista ap�s encontro com o presidente da Comiss�o da Uni�o Africana, Jean Ping. "Al�m disso, confio na avalia��o de tais institui��es em rela��o a certos procedimentos", acrescentou Merkel, em uma alus�o ao envolvimento dos credores privados em uma nova ajuda para a Gr�cia.
Moody´s
Os bancos que rolarem parte da d�vida da Gr�cia que possuem em troca de novos instrumentos podem ter de registrar despesas com deprecia��o, afirmou hoje a ag�ncia de classifica��o de risco Moody's. A declara��o sinaliza um novo rev�s para as tentativas das autoridades de envolver os credores privados em um novo socorro para a Gr�cia. A Moody's, por�m, ainda n�o falou explicitamente que o plano para os bancos vai resultar em default (fal�ncia).
Segundo a Moody's, o plano proposto por bancos franceses - que inclui permitir que os bancos rolem cerca de 30 bilh�es de euros em d�vida que vencerem at� junho de 2014 em troca de novos t�tulos de 5 ou 30 anos - pode significar despesas imediatas contra a d�vida mantida no balan�o financeiro do banco como "dispon�vel para venda". A Moody's acrescentou que os b�nus "mantidos at� o vencimento" nos livros do banco tamb�m podem ser sujeitos a despesas com deprecia��o.
At� agora, a Moody's n�o avaliou diretamente a quest�o do default, mas analistas dizem que pelos crit�rios da ag�ncia parece claro que a situa��o seria considerada assim. "Se um investidor receber qualquer coisa abaixo do valor de mercado total prometido pelos termos contratuais dos b�nus em cada data de pagamento de juros estipulada ou em uma data de vencimento do principal, (...) � mais prov�vel um default sob nossa defini��o" disse a Moody's.
No curto prazo, para evitar um default sob os crit�rios da Moody's, os investidores teriam de participar voluntariamente da troca; a Gr�cia ainda teria de ser capaz de fazer os pagamentos do servi�o da d�vida; e os termos da nova opera��o teriam de ser atraentes sob m�ritos pr�prios. Em um comunicado, a ag�ncia afirmou que "n�o � uma parte nas discuss�es em andamento sobre a rolagem da d�vida grega" e que "qualquer implica��o para os ratings (notas) ser� avaliada por meio das metodologias e defini��es" publicadas pela ag�ncia, apenas depois que as autoridades finalizarem o plano.