O presidente da Confedera��o Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro J�nior, avaliou nesta quarta-feira que as condi��es econ�micas brasileiras e do mercado de trabalho levam � cria��o de megafus�es no Pa�s, como o neg�cio que o P�o de A��car quer fazer com o Carrefour. "O Brasil tem uma s�rie de pontos que direcionam para uma concentra��o do varejo, que tira a competitividade dos pequenos", afirmou, citando como obst�culos para os empres�rios de menor porte a discuss�o da redu��o da carga de trabalho semanal para 40 horas e a expans�o do cr�dito obtido por empresas grandes, que conseguem captar recursos no exterior a taxas mais baixas do que as nacionais.
Pellizzaro salientou que o caso deve ser acompanhado de perto, mas que as concentra��es em todo o varejo v�m acontecendo, e de forma muito r�pida. "O pessoal n�o est� vendo isso, o porqu� disso, e dos riscos que a opera��o pode gerar para o Pa�s", disse.
O presidente da CNDL tamb�m n�o poupou cr�ticas � poss�vel entrada do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) no neg�cio. "(O presidente do BNDES, Luciano) Coutinho diz publicamente que � inten��o do governo que haja isso, a expans�o de grupos, entre aspas, nacionais", completou. Para Pellizzaro J�nior, por�m, o uso do dinheiro do banco de fomento nessa opera��o precisa ser repensado. "Haver� dinheiro p�blico no meio e � bastante, n�o � pouco. O Brasil tem que discutir para que o dinheiro do BNDES deve ser voltado", considerou.
Pellizzaro J�nior acrescentou que esse tipo de neg�cio deve ser enquadrado como uma "atividade de especula��o", pois fus�o n�o gera mais produ��o e empregos. Ao contr�rio, tende a usar as sinergias para reduzir o quadro de funcion�rios. "A CNDL quer pedir uma explica��o em um sentido mais amplo, n�o s� desta opera��o."
O representante do varejo brasileiro disse ainda que as concentra��es no varejo s�o complicadas nas duas pontas: na do consumidor e tamb�m para o fornecedor. "A concentra��o extrema pode ser perigosa. Se fosse uma opera��o 100% privada, assim mesmo deveria acender algumas luzes amarelas em rela��o ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica) e ao consumidor em si", comentou.