O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou nesta segunda-feira sua disposi��o para a realiza��o de um acordo amplo com os republicanos para elevar o teto da d�vida dos Estados Unidos, mas exigiu concess�es para concretiz�-lo. "N�o creio que possamos chegar a um acordo se eles mantiverem essa posi��o. Quero dizer, se a proposta b�sica �: o que quero ou nada, ent�o provavelmente n�o poderemos fazer nada, porque teremos um governo dividido", disse em uma coletiva de imprensa na Casa Branca.
"Eu estou preparado para receber cr�ticas construtivas do meu partido para poder fazer algo", disse Obama. "Espero que a outra parte esteja disposta a fazer o mesmo", completou. Obama afirmou sua inten��o de reunir-se "todos os dias" com seus advers�rios republicanos "para chegar a um acordo antes do dia 2 de agosto". "Estamos todos de acordo para aproveitar essa ocasi�o com o objetivo de fazer algo significativo sobre a d�vida e os d�ficits", afirmou.
O governo pretende conseguir um acordo que lhe permita alterar o limite da d�vida p�blica, estabelecido legalmente em 14,29 trilh�es de d�lares - j� alcan�ado em meados de maio - e continua crescendo ao ritmo do d�ficit or�ament�rio, que este ano deve ficar em 1,6 trilh�o de d�lares. O Departamento do Tesouro advertiu que no caso de esse teto n�o se modificar, o pa�s entrar� em morat�ria ('default') em 2 de agosto.
"Continuarei pressionando os l�deres do Congresso para alcan�ar o mais amplo acordo poss�vel", disse o presidente, descartando uma solu��o a curto prazo.
Obama recebeu novamente aos congressistas nesta segunda-feira �s 14H10 local (15H10 GMT), conforme apurou um jornalista da AFP. Na noite de s�bado, o presidente do Congresso, John Boehner, anunciou, em nome dos republicanos, que as negocia��es estavam bloqueadas porque seu partido rejeitava as contrapartidas oferecidas pelo Governo Federal democrata para aumentar o teto da d�vida.
A oposi��o republicana, majorit�ria no Congresso, nega-se a alterar esse limite se o governo n�o cortar o gasto p�blico em 4 trilh�es de d�lares. Os democratas, majorit�rios no Senado, rejeitam esses cortes e prop�em em troca aumentar os impostos para os mais ricos.
"Os americanos sabem que as altas de impostos destroem empregos e a �ltima coisa que devemos fazer agora, com o desemprego em 9,2%, � lan�ar novas medidas governamentais que provoquem a perda de empregos", reiterou Boehner pouco antes de dirigir-se � Casa Branca.
O governo prop�s em abril uma combina��o de cortes sociais com aumentos de impostos com o objetivo de economizar 4 trilh�es de d�lares em dez anos, mas Boehner disse no s�bado que rejeitava essa ideia. Os democratas insistem em uma redu��o maior do d�ficit, mas que n�o carregue "todo o peso dos sacrif�cios sobre as classes m�dias e os idosos", segundo disse neste domingo o secret�rio do Tesouro, Timothy Geithner.
O endividamento americano alcan�ou soma recorde de 14,29 trilh�es de d�lares e continua crescendo ao ritmo do d�ficit or�ament�rio, que neste ano deve ficar em 1,6 trilh�o de d�lares. Obama e os democratas do Senado est�o dispostos a fazer alguns cortes no gasto p�blico, mas pedem em troca que os republicanos aceitem uma alta nos impostos aos mais ricos a fim de incrementar a arrecada��o do Estado.
Segundo a nova diretora gerente do Fundo Monet�rio Internacional, Christine Lagarde, um "default" dos Estados Unidos "sem d�vida poria em risco a estabilidade americana e a mundial", disse ela no domingo. O secret�rio do Tesouro, Timothy Geithner, disse que com certeza ser� alcan�ado um acordo pol�tico a tempo.