Os ministros das Finan�as dos pa�ses que integram a Uni�o Europeia (UE) admitiram nesta ter�a-feiraa hip�tese de o governo da Gr�cia pagar apenas parte da d�vida do pa�s. A revela��o � do ministro das Finan�as da Holanda, Jan Kees de Jager, que disse que h� a possibilidade de "default seletivo" da d�vida da Gr�cia como parte do segundo plano de resgate para o pa�s.
"Os 17 ministros da zona do euro j� n�o descartam essa op��o", disse Jager, que participa em Bruxelas de uma reuni�o de ministros de Finan�as, na tentativa de tranquilizar os mercados e discutir formas de recuperar a estabilidade da zona do euro afetada pela crise econ�mica na Gr�cia.
Uma reuni�o exclusiva de pa�ses que integram a zona do euro, ontem, terminou sem avan�os a respeito do novo plano de ajuda para o pa�s, ap�s oito horas e meia de discuss�es.
Na manh� desta ter�a-feira, as bolsas de Madri e de Mil�o registraram quedas de mais de 3,5%. O debate sobre permitir ou n�o o "default seletivo" � o principal ponto de disc�rdia entre os pa�ses da UE e o Banco Central Europeu (BCE). A discuss�o � o motivo do atraso na defini��o do pacote, que vem provocando a instabilidade dos mercados.
A Alemanha, a Holanda e a Finl�ndia exigem que o setor privado participe do plano de resgate econ�mico, aceitando voluntariamente refinanciar parte dos t�tulos gregos que t�m oi ampliar o prazo de pagamento. O BCE defende que a iniciativa seja levada adiante de uma maneira que n�o seja vista pelos mercados como um default, o que, segundo a institui��o, poderia desencadear um efeito domin� na zona do euro compar�vel � crise causada pela quebra do banco americano Lehman Brothers, em 2008.
O debate se complicou depois que as ag�ncias de classifica��o de risco alertaram, na semana passada, que o refinanciamento da d�vida grega ser� considerado um default, mesmo com a participa��o volunt�ria dos investidores privados. No entanto, o Banco Central Europeu mant�m sua oposi��o a qualquer medida que possa ser considerada pelos mercados como um n�o pagamento e amea�a deixar de aceitar os t�tulos gregos como garantias de empr�stimos aos bancos do pa�s.