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Estado de Minas

Proibi��o de sacolas pl�sticas no com�rcio de BH abre oportunidades de neg�cios


postado em 14/07/2011 06:00 / atualizado em 14/07/2011 07:32

N�o apenas os ambientalistas e a natureza comemoram o sucesso da Lei 9.529/08, que aboliu as sacolas convencionais do com�rcio de Belo Horizonte. A norma tamb�m agradou aos donos de supermercados, que passaram a vender cada embalagem biodegrad�vel por R$ 0,19, e aos produtores de sacos pl�sticos para o lixo caseiro. O fim da distribui��o das tradicionais sacolinhas brancas no varejo da capital acabou com o custo dos supermercados – cada unidade sa�a a R$ 0,01 – e obrigou as fam�lias a gastar com os sacos pl�sticos para armazenar o lixo. Estat�stica da Associa��o Mineira de Supermercados (Amis) revela que, entre 18 de abril, quando a regra entrou em vigor, e 18 de junho, as vendas dos sacos pl�sticos avan�aram 15% na cidade, mas h� fabricantes que aumentaram a produ��o em 20%. Outros aproveitaram a demanda aquecida para entrar no ramo, abrindo vagas de emprego.

H� um m�s, Reinaldo Menezes, dono da Rafisa Com�rcio e Ind�stria de Reciclagem Ltda, especializada em transformar “lixo” em mat�ria-prima para as produtoras de pl�stico, decidiu apostar na fabrica��o de sacos biodegrad�veis. Desde ent�o, contratou oito pessoas. “Produzimos 20 toneladas por m�s, mas a meta, daqui a tr�s meses, � alcan�ar 40 toneladas”, disse o empres�rio, acrescentando que dever� empregar mais pessoas. Por enquanto, toda a produ��o � destinada a clientes que j� compravam sua mat�ria-prima para transform�-la em sacos pl�sticos: “Fa�o as encomendas com as marcas dessas empresas”. Sua produ��o ser� duplicada com a fabrica��o de embalagens com a marca pr�pria.

Oswaldo José de Faria, proprietário da Plastipam, apostou na fabricação de sacos de lixo(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
Oswaldo Jos� de Faria, propriet�rio da Plastipam, apostou na fabrica��o de sacos de lixo (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
Quem j� comemora os ganhos com a marca pr�pria e Oswaldo Jos� de Faria, propriet�rio da Plastipam. Ele avalia que, desde a aboli��o das sacolas pl�sticas convencionais no com�rcio de Belo Horizonte, o volume de vendas avan�ou “cerca de 20%”, principalmente da chamada embalagem tradicional, de 15 litros, usada principalmente em lixeiras de pia e banheiro. “N�o precisei contratar mais funcion�rios, mas o aumento sobrecarregou os empregados”, admitiu o empres�rio.


Economia

O Sindicado da Ind�stria do Material Pl�stico do Estado de Minas Gerais (Sinplast-MG) n�o tem estat�stica do aumento das vendas e da produ��o das sacolas destinadas ao lixo, mas um levantamento feito pela Amis acerca da quantidade de sacolas convencionais que deixaram de circular nas empresas do setor na capital ajuda a dimensionar o lucro. Tanto de quem produz os sacos para lixo quanto para os supermercados. Segundo a Amis, 450 mil unidades/dia foram retiradas de circula��o. Como o custo de cada uma girava em torno de R$ 0,01, os supermercados deixaram de gastar, mensalmente, R$ 135 mil. No ano, a conta sobe para R$ 1,6 milh�o.

O mesmo estudo apontou que, na primeira semana da Lei 9.529/08, 60% dos consumidores compraram a sacola biodegrad�vel, vendida a R$ 0,19 a unidade. Atualmente, 5% adquirem a embalagem. A maioria das pessoas, ainda de acordo com a Amis, leva a compra para casa em sacolas retorn�veis, feitas, principalmente, de tecido. Carrinhos de feira e caixas de papel�o, fornecidas pelo pr�prio supermercado, tamb�m s�o bastante utilizados.

 

Enquanto isso... outros perdem

Embora supermercados e produtores de sacos para lixo comemorem a lei que aboliu as sacolinhas convencionais, alguns fabricantes amargam perdas. Na Fonseca Ind�stria de Pl�sticos Ltda, em Betim, a queda na produ��o das sacolas chegou a 60%. “(Essa) queda e a readequa��o que foi necess�ria na empresa fecharam cerca de 20 postos de trabalho”, contou o gerente, Jamil El Bizri. Para compensar a perda, a Fonseca come�ou a produzir a sacola biodegrad�vel, que, “no atacado, custa de R$ 0,10 a R$ 0,11”. Portanto, o supermercado, padaria ou outro estabelecimento que compram o produto no atacado e o vendem por R$ 0,19 ao consumidor lucram mais de 80%.

 


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