O presidente Barack Obama afirmou nesta sexta-feira que o tempo dos Estados Unidos para chegar a um acordo sobre o aumento do limite a d�vida federal e evitar um default est� se esgotando. "Obviamente, o tempo est� se esgotando e o que disse aos membros do Congresso � que eles t�m as pr�ximas 24 a 36 horas para me dar uma ideia do plano para elevar o teto da d�vida atrav�s de um mecanismo apropriado", afirmou o chefe de Estado em coletiva de imprensa na Casa Branca.
Obama referiu-se a seus advers�rios republicanos afirmando que, "se me mostrarem um plano s�rio, estou disposto a consider�-lo", mas antecipou que uma proposta or�ament�ria sem aumento de impostos "n�o � um plano s�rio". "Continuo buscando um acordo amplo. Mas tamb�m disse que, se n�o pudermos alcan�ar o melhor acordo poss�vel, tentaremos ao menos conseguir um acordo b�sico sobre a redu��o do d�ficit", acrescentou.
O presidente e os democratas querem aumentar os impostos aos contribuintes mais ricos, medida inadmiss�vel para seus advers�rios, defensores do corte de gastos sociais para obter recursos. Os republicanos consideram um plano em longo
A proposta - que ser� apresentada no Congresso na pr�xima ter�a-feira - inclui 2,5 trilh�es de cortes de gastos, congelamento dos gastos governamentais em uma porcentagem determinada pelo PIB e uma emenda sobre o equil�brio do or�amento, mas n�o inclui qualquer aumento de impostos, como prop�e Obama e os democratas para aumentar as rendas.
Para o presidente Obama, "o fato de n�o prever nenhum aumento de impostos para os mais ricos (...) n�o � um bom plano". O presidente lamentou que os republicanos estejam bloqueados por causa de suas posi��es ideol�gicas. "Oitenta por cento dos americanos apoiam um acordo equilibrado. Oitenta por cento dos americanos apoiam um acordo que inclua rendas e inclua cortes", afirmou ainda.
"O problema � que h� membros do Congresso bloqueados ideologicamente em v�rias posi��es por causa de declara��es pr�vias", acrescentou. Aludindo � imin�ncia de um default, em 2 de agosto, o presidente concluiu, no entanto, que "ao contr�rio do que algumas pessoas falam, n�o somos a Gr�cia, n�o somos Portugal".
Na v�spera, Obama aos republicanos que n�o brinquem com a d�vida federal, advertindo que o povo americano vai perder a paci�ncia se o Congresso n�o concluir as negocia��es. "Penso que em um dado momento os americanos v�o perder a paci�ncia se perceber que (os pol�ticos) est�o brincando e n�o levam a s�rio os problemas", disse Obama ao canal CBS3 da Filad�lfia (Pensilv�nia).
A entrevista foi gravada antes da quinta reuni�o consecutiva na Casa Branca para negociar a quest�o do or�amento. Segundo uma pesquisa divulgada na quinta-feira, a opini�o p�blica americana vai responsabilizar mais a oposi��o republicana do que o presidente Obama caso nenhuma solu��o seja encontrada para a crise da d�vida.
A pesquisa aponta que 48% dos participantes responsabilizar�o os republicanos se o teto da d�vida n�o for elevado, enquanto 34% reprovaria Obama, segundo a enquete elaborada pela Universidade de Quinnipiac. O estudo foi divulgado num contexto em que o presidente democrata e a oposi��o republicana est�o em negocia��es para aumentar o limite legal da d�vida p�blica, estabelecido atualmente em 14,29 trilh�es de d�lares, mas j� atingido em maio. O departamento do Tesouro advertiu que a partir do dia 2 de agosto n�o ter� mais fundos para cumprir com as suas obriga��es. A pesquisa afirma que 56% dos americanos desaprovam a maneira como Obama conduz a economia, contra 38% de aprova��o. No entanto, 45% confiam mais no presidente do que nos congressistas republicanos, 36% se manifestam no sentido contr�rio.