Mesmo com as incertezas sobre a compra da WebJet pela Gol por R$ 310 milh�es que esperra aprova��o do Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade), o diretor de marketing e vendas da Trip, Evaristo Mascarenhas, afirmou que as empresas t�m perfis diferentes e a uni�o n�o deve atrapalhar os planos de crescimento da empresa, que prev� alta de 70% neste ano, alcan�ando uma receita de R$ 1,3 bilh�o.
“O movimento de consolida��o � natural no mercado de avia��o mundial. Mas a Trip temum p�blico maior de executivos e a WebJet, por sua vez, tem maior participa��o de viajantes a turismo. Por ter um perfil diferenciado, acredito que n�o haver� grandes mudan�as,mas � claro que precisamos ver como se dar� a configura��o da nova empresa para avaliar melhor”,disse o executivo.
Outro ponto distinto das companhias � a pol�tica de pre�os. Segundo Mascarenhas, a principal estrat�gia da Trip n�o � a de deter as tarifas mais baixas do mercado, como no caso das duas concorrentes, Gol e WebJet. “N�s trabalhamos com avia��o regional e nosso principal objetivo � alcan�ar o maior n�mero de destinos poss�veis. “N�o � a toa que devemos encerrar o ano com dez novos destinos,alcan�ando 90 locais espalhados pelo pa�s”, avaliou. A companhia tem exclusividade de voos de Ipatinga, no Vale do A�o.
Aeroportos regionais
Segundo o executivo, “h� um estudo do setor (ABETAR) que aponta ser necess�rios R$ 3 bilh�es para deixar 180 aeroportos regionais brasileiros em condi��es ideais de uso. Ainda temos muito espa�o para crescer”,diz Mascarenhas.
A empresa, que segundo dados da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) det�m 3% de participa��o de mercado, tamb�m precisou adaptar suas cifras em decorr�ncia dos pre�os do petr�leo e os consumidores tiveram repasses. “O custo com combust�vel representa cerca de 35% do montante das despesas e tivemos que nos adaptar a realidade do petr�leo e repassar um reajuste m�dio de 7%, que pode ser verificado principalmente no segundo trimestre deste ano. Apesar de deter contratos de hedge, que garantem a compra de combust�vel por um pre�o tabelado, a empresa precisou fazer as adapta��es. Mas estamos em constante corte de custos para fornecer o melhor pre�o poss�vel”, garantiu Mascarenhas.