Brasil n�o cr� em morat�ria dos EUA, diz secret�rio de Assuntos Internacionais

O governo brasileiro n�o acredita na possibilidade de suspens�o do pagamento dos compromissos (default) pelo Tesouro dos Estados Unidos. O risco, na avalia��o do secret�rio de Assuntos Internacionais do Minist�rio da Fazenda, Carlos M�rcio Cozendey, est� nas condi��es do acordo que est� sendo negociado entre a Casa Branca e o Congresso norte-americano. "� improv�vel que ocorra um default. � muito dif�cil que isso v� acontecer no dia 2 de agosto", afirmou referindo-se ao prazo final para que o governo Obama consiga autoriza��o para ampliar o limite da d�vida nacional.

Cozendey disse que um acordo ampliando o endividamento somente no curto prazo manteria as inseguran�as do mercado internacional. O acordo tamb�m n�o pode ser muito restritivo, destacou, a ponto de prejudicar o crescimento da economia americana. "Precisamos acompanhar para onde vai a economia americana", afirmou.

Na ter�a-feira, a C�mara de Representantes dos Estados Unidos aprovou uma proposta dos republicanos que aumentaria o limite da d�vida nacional em US$ 2,4 trilh�es, em troca de maiores cortes fiscais. Por�m este acordo tem poucas chances de prosperar no Senado, Casa que tem maioria democrata. O presidente Barack Obama j� amea�ou vet�-lo.

O chamado "Grupo dos Seis", composto por tr�s senadores democratas e tr�s republicanos, prop�s uma redu��o da d�vida em US$ 3,7 trilh�es nos pr�ximos dez anos que inclui cortes nos gastos p�blicos e receita adicional atrav�s de impostos. Obama imediatamente elogiou a proposta, dizendo ser uma "passagem significativa" para obter um acordo que permita aos EUA elevar o limite de endividamento, hoje, de US$ 14,29 trilh�es antes de 2 de agosto, quando, segundo o Tesouro, ficar� sem fundos. Ainda h� em discuss�o uma terceira proposta que prev� o aumento de US$ 2,5 trilh�es no teto da d�vida p�blica em 2012, com corte de US$ 1,5 trilh�o de despesas p�blicas em dez anos.

Apesar de o Brasil ser um dos principais compradores de t�tulos americanos, Cozendey afirmou que uma eventual morat�ria atingiria todos os pa�ses j� que os pap�is dos EUA servem de par�metros para as negocia��es realizadas nos mercados em todo mundo. "Todo mundo compra t�tulos dos Estados Unidos. O Brasil compra muito porque as reservas internacionais s�o grandes. O impacto seria em todo mundo. N�o seria uma coisa particular para o Brasil", ressaltou.