Apesar do ritmo moderado, o volume total de cr�dito no sistema financeiro nacional cresceu 1,6% em junho ante maio, fechando o per�odo em R$ 1,834 trilh�o. Com o resultado, o cr�dito no pa�s, antes equivalente a 46,9% do Produto Interno Bruto (PIB), passou a 47,2%, maior da s�rie hist�rica do Banco Central (BC), iniciada em 1988. At� o final do ano, a institui��o prev� que essa rela��o chegue a 48%.
O chefe do Departamento Econ�mico do Banco Central, T�lio Maciel, acredita que o ritmo de expans�o do cr�dito no primeiro semestre de 2011 j� mostra arrefecimento em rela��o � segunda metade de 2010. "Verificamos um crescimento moderado, consistente com o ritmo de expans�o da economia", afirmou, comparando a evolu��o de 7,5% nos seis primeiros meses deste ano com a varia��o de 20% observada nos �ltimos 12 meses.
O resultado � reflexo das medidas macroprudenciais adotadas pelo governo desde o final do ano passado que incluem, entre outras a��es, aumento do compuls�rio e da taxa b�sica de juros (Selic). “Essas a��es come�am a dar resultado. Por isso, n�o devemos ter n�meros t�o robustos este ano como no ano passado”, avalia a economista da Federa��o do Com�rcio de Minas Gerais (Fecom�rcio), Silv�nia Ara�jo.
O financiamento habitacional, por�m, est� longe de ser afetado pelas a��es do governo federal para restri��o ao consumo. Essa modalidade de cr�dito foi a principal respons�vel pela expans�o do segmento para pessoa f�sica, passando de R$ 138,7 bilh�es em dezembro de 2010 para R$ 167,469 bilh�es em junho. “O financiamento imobili�rio n�o faz parte das medidas de conten��o do governo e vai continuar puxando o crescimento do cr�dito no ano”, avalia Aquiles Leonardo Diniz, vice-presidente da Associa��o Nacional das Institui��es de Cr�dito, Financiamento e Investimento (Acrefi).
D�ficit habitacional

Juros menores
A taxa m�dia de juros nas opera��es de cr�dito livre no pa�s caiu em junho, depois de seis meses seguidos de alta, passando de 40% para 39,5% ao ano. As taxas cobradas nos empr�stimos � pessoa f�sica seguiram a mesma tend�ncia, recuando de 46,8% para 46,1% ao ano. Um dos principais motivos para o resultado est� na estabilidade da inadimpl�ncia que, ap�s cinco altas seguidas, fechou em 5,1%, segundo dados do Banco Central.