
A situa��o preocupa porque, caso o teto n�o seja elevado pelo Congresso at� 2 de agosto, o pa�s n�o conseguir� cumprir seus compromissos financeiros. Analistas advertem que uma morat�ria dos EUA provocaria p�nico nos mercados financeiros internacionais. O secret�rio do Tesouro americano, Timothy Geithner, e seus assessores elaboraram planos de conting�ncia, que dever�o ser aprovados por Obama, caso o Congresso n�o chegue a uma decis�o.
As op��es de Obama:
A 14ª emenda - Alguns especialistas ressaltam que a 14ª emenda da Constitui��o dos Estados Unidos d� ao presidente o poder de desprezar o Congresso e aumentar o teto da d�vida por decreto. A lei estabelece que a d�vida p�blica do pa�s "n�o dever� ser questionada".
No entanto, o tema causa pol�mica e poderia implicar um rev�s pol�tico para Obama. Al�m disso, outros analistas advertem que o presidente n�o tem autoridade real para aumentar o limite de endividamento, decis�o que at� agora sempre tomada pelo Congresso.
Venda de ativos - Sobre o assunto, Obama disse: "Falei com meus advogados. Eles n�o est�o convencidos deste argumento". Como alternativa, o Tesouro americano pode considerar vender alguns de seus ativos, como reservas de ouro ou instrumentos financeiros com respaldo hipotec�rio.
No entanto, o especialista em economia da BBC, Theo Leggerd, acredita que isso seria "admitir perante o mundo que o governo tem um problema e n�o consegue cumprir suas obriga��es". Segundo Leggerd, isso causaria impacto na classifica��o de risco de cr�dito do pa�s. Por outro lado, o especialista diz que vender os ativos sob press�o pode fazer com que seus pre�os caiam "e isso � algo que o governo quer evitar".
Interven��o da Reserva Federal - Uma pergunta que muitos fazem � at� que ponto o Federal Reserve, o Banco Central americano, pode tomar dinheiro emprestado para ajudar o Tesouro a cumprir seus compromissos. Segundo diversos analistas, isso n�o � parte das atribui��es do �rg�o.
De acordo com a ag�ncia de not�cias Reuters, o presidente do Fed, Charles Plosser, disse na Filad�lfia que o Banco Central atua como corretor do Tesouro nos mercados financeiros, e n�o pode simplesmente intervir. Para ele, isso equivaleria a uma interven��o em assuntos fiscais.
Theo Leggerd explica que, a princ�pio, o governo poderia at� mesmo monetizar a d�vida, ou seja, imprimir dinheiro. "Mas isso teria efeitos negativos para a economia porque o d�lar se desvalorizaria. Ou seja, n�o h� uma sa�da f�cil e � por isso que ambas as partes v�o querer evitar chegar a este ponto."
Pagar a uns n�o a outros - Se republicanos e democratas n�o chegarem a um acordo, ser� inevit�vel dar prioridade a alguns pagamentos em detrimento de outros. "O governo ter� que decidir como gasta o dinheiro que tem dispon�vel e a prioridade ser� cumprir com seus compromissos de d�vida, ou seja, pagar os juros", explica Leggerd.
Nesse caso, ter� que cortar seus outros gastos, como o pagamento a seus contratados, aos benefici�rios da Previd�ncia Social, �s For�as Armadas, aos empregados p�blicos, entre outros. Por exemplo, o governo tem que pagar US$ 49 bilh�es (R$ 76 bilh�es) � Previd�ncia Social no dia 3 de agosto, e esse � um pagamento com o qual ele n�o poder� cumprir caso o Congresso n�o acabe com o impasse.