Nos a�ougues do estado de S�o Paulo, o pre�o das carnes em geral caiu 9,49% de janeiro a junho. S� entre maio e junho, a queda foi 2,9% . Essa oscila��o fez o �ndice de Pre�os no Varejo (IPV) sair da infla��o de 0,46% em maio para defla��o de 0,34% em junho. Calculado pela Federa��o do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo do Estado de S�o Paulo (Fecomercio-SP), o IPV acumula alta de 6,77% no ano.
De acordo com a assessora econ�mica da Fecomercio Juliana Ximenes, os pre�os dos alimentos encerraram o semestre “com tend�ncia de queda”, em especial, as carnes. Em junho, as aves eram vendidas por pre�os at� 8,66% menores que os verificados em maio nos supermercados, enquanto nos a�ougues, a queda chegou a 9,49%. J� as carnes bovinas ficaram, em m�dia, 10,1% mais baratas nos supermercados enquanto nos a�ougues em geral tiveram recuo bem mais modestos, de 1,59%. No caso da prote�na de origem su�na, a queda atingiu 2,83% nos a�ougues e 0,38% nos supermercados. A pesquisa da Fecomercio-SP apontou ainda redu��o de pre�os dos pescados (-1,59%).
“Com mais oferta desses produtos no mercado interno, foram criadas as condi��es para essa queda", justificou Ximenes, ao explicar que que a redu��o dos pre�os internos foi motivada pela perda moment�nea de mercados externos importantes, como R�ssia e �frica do Sul, que embargaram a compra da carne brasileira por motivos sanit�rios.
Ela alertou, entretanto, que o pr�ximo �ndice referente ao fechamento de julho, que ainda est� sendo calculado, dever� refletir uma certa press�o decorrente do aumento dos custos de produ��o e da falta de pastagem por causa do clima mais seco. Segundo a economista, dois dos principais insumos da produ��o pecu�ria, milho e soja, est�o com pre�os inst�veis.
Outra mudan�a nas expectativas para o segundo semestre dever� ocorrer com combust�veis e lubrificantes que, igualmente, contribu�ram para o resultado negativo do IPV em junho (-4,6%) ap�s 11 meses seguidos de eleva��o. Nos seis primeiros meses do ano, a varia��o de pre�os acumulou alta de 6,77% enquanto nos �ltimos 12 meses, a infla��o j� soma 12,36%.
A defla��o de junho est� associada, principalmente, ao in�cio da moagem da cana, que reduziu em 10,38% o pre�o do �lcool hidratado e em 3,98% o do �lcool anidro, que � misturado � gasolina. Mas, como a taxa de crescimento da demanda por esses produtos tem sido maior do que a da oferta, a previs�o de Ximenes � de que haja uma recupera��o dos pre�os nos pr�ximos meses. Ela lembrou que o presidente da Petrobras, Jos� Sergio Gabrielli, admitiu a possibilidade de importa��o de gasolina como forma de manter os pre�os estabilizados no mercado dom�stico.