O presidente da Confedera��o Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro J�nior, criticou nesta quarta-feira o prazo das a��es anunciadas na ter�a-feira pelo governo para a ind�stria brasileira. "As coisas n�o podem ser tempor�rias. Os desencargos deveriam ser sem volta", disse. Pelo Plano Brasil Maior, a maior parte das medidas para estimular a ind�stria brasileira expira em dezembro do ano que vem. "Minha vis�o � a de que a situa��o � igual � do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) na crise. Tinha dia para acabar", comparou.
Para o presidente da CNDL, o ideal seria que as medidas fossem ampliadas para outros setores. "O que foi anunciado foi realmente um plano, e n�o uma pol�tica industrial. Plano � para uma situa��o, para segurar um momento, mas n�o vejo vis�o de Estado sobre a situa��o do setor", considerou.
C�mbio
A situa��o econ�mica global pode acelerar a entrada de d�lares no Brasil e aumentar a valoriza��o do real, na avalia��o do presidente da CNDL. Para Roque Pellizzaro J�nior, apesar de os Estados Unidos terem afastado o risco de calote, a recess�o
Pellizzaro J�nior salientou que a situa��o norte-americana ganha mais aten��o, dado o quadro econ�mico da Europa, tamb�m fragilizado. "Com tudo isso, mais d�lar vir� para c�. A tend�ncia � essa, n�o tem como evitar isso", considerou. Apesar de a entrada de d�lares valorizar o real e facilitar a importa��o de produtos, o que pode at� incrementar as vendas no varejo no primeiro momento, no longo prazo pode prejudicar a atividade econ�mica, gerando desemprego e, assim, reduzir a quantidade potencial de consumidores.
"O com�rcio n�o pode pensar s� no curto prazo. Isso n�o interessa ao setor", afirmou o presidente da CNDL. "O governo ter� que tributar o capital na sa�da. Afinal, dinheiro que entra em decorr�ncia de recess�o n�o interessa, � o especulativo", acrescentou.