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Estado de Minas

Mercado teme novos rebaixamentos da nota dos EUA

Temor agora � de que outras ag�ncias de classifica��o de risco rebaixem a avalia��o referente � confian�a nos EUA


postado em 09/08/2011 06:00 / atualizado em 09/08/2011 11:59

Clique aqui para ampliar a imagem (foto: Animação EM)
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Com os mercados derretidos em rea��o ao rebaixamento da nota de cr�dito soberana dos Estados Unidos por uma das tr�s principais ag�ncias de classifica��o de risco, a Standard & Poor’s (S&P), os temores recaem agora sobre as poss�veis reavalia��es das outras duas: a Fitch e a Moddy’s. O reposicionamento da S&P tirou os EUA do seleto grupo dos pa�ses mais confi�veis, que conseguem, por isso, empr�stimos a custos mais baixos.

A reclassifica��o da S&P j� era aguardada: a ag�ncia avisou que rebaixaria a nota sob duas hip�teses: se o congresso n�o aumentasse o teto da d�vida ou se os cortes previstos reduzissem menos US$ 4 trilh�es em 10 anos o d�ficit do or�amento. Essa era a promessa do presidente Barack Obama, que n�o se confirmou: US$ 2,1 trilh�es foi o valor do plano aprovado no congresso.

A Fitch avisou que vai concluir a revis�o do rating soberano dos EUA no fim do m�s. A ag�ncia sinalizou que o acordo para redu��o no d�ficit or�ament�rio e aumento no limite de endividamento aprovado pelo congresso americano no in�cio do m�s � passo na dire��o certa, mas ainda precisar�o ser feitas escolhas dif�ceis para diminuir o buraco nas contas.

A decis�o do congresso tamb�m fez com que a Moody’s mantivesse a avalia��o AAA, mas a ag�ncia acrescentou “perspectiva negativa” para a nota, informando que o rebaixamento ainda pode ocorrer, se a disciplina fiscal enfraquecer ou o crescimento econ�mico se deteriorar significativamente. Steven Hass, analista da Moody’s disse ao New York Times que considerou “prematuro” o corte da nota��o, por parte da S&P.

O presidente do clube de neg�cios internacional, World Trade Center Belo Horizonte, Leonardo Figueir� n�o acredita que as demais ag�ncias de classifica��o de risco sigam o exemplo da S&P. Para Paulo Vieira, professor da Faculdade Novos Horizontes e especialista em finan�as, n�o h� receita pronta para buscar solu��es para o problema: “Temos v�rias doen�as espalhadas nas economias. Por aqui, talvez, j� seja o caso de reconsiderar a possibilidade de reduzir os juros. Nos EUA, � preciso cortar gastos para equilibrar a balan�a fiscal. E a Europa tem de descobrir uma forma de cuidar de pol�tica monet�ria, mesmo com tantos pa�ses de contextos t�o diversos”. Ele lembra que toda crise � sinal de quem algo vai mal no organismo e, passada a turbul�ncia, a tend�ncia � o reequil�brio da sa�de dos afetados.

A Fran�a � o pa�s mais vulner�vel entre as notas de risco soberano classificadas como AAA a ser o pr�ximo a perder o status de melhor qualidade de cr�dito, conforme sinaliza o pre�o que os investidores pagam para comprar o seguro contra um poss�vel calote na d�vida dos pa�ses, conhecido como CDS (Credit Default Swap). Para se ter ideia, o custo por seguro pago hoje pelos investidores indica que a probabilidade de o Brasil dar um calote na sua d�vida p�blica nos pr�ximos cinco anos � menor que o da Fran�a, embora o governo franc�s tenha uma classifica��o de risco nove n�veis acima da brasileira pela S&P. (Com ag�ncias)

Crises que ficaram na hist�ria

1929 - A grande depress�o

De outubro de 1929 a 1932, as a��es em Wall Street perderam 90% de valor e um ter�o da popula��o estava desempregada. Foi a maior crise financeira dos EUA e os motivos que levaram ao crash s�o controversos at� hoje entre economistas. No Brasil, a queda do pre�o do caf�, um dos principais produtos de exporta��o do pa�s, � �poca, foi o maior efeito.

1973 e 1979 - Petr�leo

A Organiza��o dos Pa�ses �rabes Exportadores de Petr�leo decide, a partir da Guerra do Yom Kippur, cancelar a exporta��o de petr�leo para pa�ses contr�rios ao Egito e � S�ria no conflito com Israel. Os pre�os dispararam e chegaram aos US$ 12 em 1974, quatro vezes mais do que no ano anterior. O efeito mais not�vel no Brasil foi a desacelera��o do crescimento iniciado com o chamado “milagre econ�mico”: de 9% para 4,6% em 1978. Em 1979, nova turbul�ncia: o Ayatollah Khomeini passa a controlar a produ��o de petr�leo no Ir�, causando segunda disparada e temores de racionamento energ�tico nos EUA. A d�vida brasileira inchou com os crescentes custos da importa��o do petr�leo.

1982 - Morat�ria mexicana

O M�xico atola-se em uma crise que culmina com a morat�ria do governo mexicano em agosto de 1982. Entre os mais de 40 pa�ses que recorreram ao FMI, estava o Brasil, que viu a retra��o do PIB em 5% e a infla��o ultrapassar os 200%.

1987 - Queda hist�rica

Em 19 de outubro de 1987, o �ndice Down Jones teve a maior queda de sua hist�ria em um �nico dia: 22,6%. Combina��o de temores com os empr�stimos banc�rios, desacelera��o da economia e desvaloriza��o da moeda americana injetaram p�nico nos mercados daquele pa�s e o temor se alastrou pela Europa e pelo Jap�o. Foi a primeira demonstra��o de r�pido cont�gio e p�nico em mercado financeiro globalizado. O Brasil quebrou novamente, suspendendo o pagamento da d�vida.

1997 - Bolsas asi�ticas

O r�pido processo de fuga de capitais e desvaloriza��o cambial entre os chamados Tigres Asi�ticos (Tail�ndia, Mal�sia, Cor�ia do Sul, Hong Kong, Indon�sia e Filipinas), em 1997, espalhou medo nos mercados internacionais. O mundo financeiro se surpreendeu ao ver mercados supostamente s�lidos e confi�veis sucumbirem � crise. O mercado dos emergentes foi afetado, mas o Brasil nem tanto.

1998 - R�ssia

O pre�o dos commodities derrubado pela crise asi�tica afetou a R�ssia, cuja economia tem ampla depend�ncia da exporta��o de commodities como g�s natural e petr�leo. O gigante declarou calote da d�vida externa privada de curto prazo. A manobra acendeu a luz de alerta entre os investidores, que passaram a evitar mercados emergentes. Desta vez o Brasil foi afetado, com forte fuga de d�lares. O governo reagiu elevando a taxa de juros – que chegou ao pico de 45% no in�cio de 1999 – e desvalorizando o real, que at� ent�o mantinha a paridade com o d�lar.

2001 - Ataques de 11 de setembro

Os atentados terroristas �s torres g�meas do World Trade Center em Nova York impactaram fortemente a economia americana. A queda de 1370 pontos no �ndice Dow Jones foi uma das piores do s�culo, com os investidores perdendo mais de US$ 8 trilh�es ou 10% do valor total do mercado de a��es. Uma recess�o atingiu os Estado Unidos e surgiram as primeiras advert�ncias sobre os riscos no mercado imobili�rio.

2008 - Crise do cr�dito imobili�rio

Com origem nas hipotecas americanas, a crise imobili�ria foi resultado dos baixos juros e as boas condi��es de financiamento: muitas pessoas compraram im�veis e se endividaram. O juro subiu, a economia desaqueceu e a inadimpl�ncia aumentou. Os bancos que emprestaram dinheiro come�am a mostrar o rombo. O auge foi a quebra do Lehman Brothers. Al�m disso, o pre�o dos im�veis caiu. Pagando presta��o mais alta e com o valor do bem menor, os norte-americanos reduziram o consumo. A bolha americana contaminou o mundo.


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