O coordenador do �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC), Antonio Evaldo Comune, alertou para um novo avan�o na rela��o entre o pre�o m�dio do etanol e o valor m�dio da gasolina apurada na primeira semana de agosto. Esta rela��o atingiu a marca de 68 40%, ante 67,94% na quarta semana julho, na pesquisa realizada pela Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe) e obtida pela Ag�ncia Estado. "A rela��o etanol/gasolina j� est� perto da perigosa margem de 70%", disse. Na primeira semana de agosto de 2010, por exemplo, essa rela��o era de 57,80%.
Conforme os especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em rela��o � gasolina quando o pre�o do derivado da cana-de-a��car representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem � calculada considerando que o poder calor�fico do motor a etanol � de 70% do poder dos motores a gasolina.
Segundo Comune, os pre�os do etanol t�m surpreendido, o que dificulta proje��es para o comportamento dos combust�veis - o produto, na vers�o anidro, � um dos componentes da gasolina - at� por parte da pr�pria Fipe. "J� n�o se sabe o que esperar do etanol", comentou. Na sua avalia��o, o cen�rio para os derivados de cana-de-a��car est� conturbado este ano, com queda na produtividade, demanda interna por etanol aquecida e pre�os elevados do a��car no exterior, mas sob risco, diante das incertezas do cen�rio internacional. "Est� dif�cil fazer previs�o sobre os estoques", afirmou.
Na pesquisa tradicional da Fipe, que considera as quadrissemanas o etanol continua figurando nas primeiras posi��es do ranking dos itens de aumentos que mais contribu�ram para o IPC, na leitura inicial de agosto. No fechamento de julho, quando subiu 4,89%, o etanol era o quarto item que mais pesou para a infla��o. Na primeira quadrissemana de agosto, o etanol desacelerou a eleva��o para 2,62%, aparecendo em quinto lugar na lista. A gasolina, que continua no terreno de quedas, apresentou varia��o negativa de 0,23% ante baixa de 0,48% no fechamento de julho.