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Estado de Minas

Instabilidade econ�mica pega ind�stria em queda

Produ��o e faturamento das f�bricas mineiras recuam em junho e setor defende a��o do governo se o quadro piorar


postado em 10/08/2011 06:00 / atualizado em 10/08/2011 08:40

A ind�stria nacional mal teve tempo de comemorar o pacote de incentivos lan�ado pelo governo federal e j� pode ser abatida por uma nova crise da economia mundial. Diferente de 2008, quando o quadro era de crescimento da produ��o, o cen�rio agora mostra desacelera��o, impulsionada pelo real forte e juros em alta. “Uma crise agora encontraria a ind�stria em um ritmo menos saud�vel”, alertou o presidente do conselho de Pol�tica Econ�mica da Fiemg, Lincoln Fernandes
N�meros divulgados nessa ter�a-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) apontam que em junho a atividade industrial caiu em nove das 14 regi�es pesquisadas. No m�s, a ind�stria recuou 1,6% no pa�s e 1,3% em Minas.

Indicadores do primeiro semestre divulgados nessa ter�a-feira pela Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais (Fiemg) tamb�m apontam a perda de ritmo. A previs�o de crescimento para o estado em 2011, que j� esteve em 9,5% em mar�o, foi revisada para baixo, caindo de 6,5% para 5,82%. Em junho, o faturamento real n�o s� deixou de crescer como caiu 0,61%. De janeiro a maio o crescimento do faturamento no estado foi de 7,26%, enquanto a varia��o do semestre encolheu para 6,34%.

Indústria de alimentos teve queda de quase 15% nas vendas no semestre(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press-29/9/09)
Ind�stria de alimentos teve queda de quase 15% nas vendas no semestre (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press-29/9/09)
No segundo trimestre do ano, a ind�stria nacional cresceu 0,7%, contra um avan�o de 2,6% nos primeiros tr�s meses de 2011. No segundo trimestre, segundo dados do IBGE, Minas cresceu 0,3%, menos que a m�dia nacional. No primeiro trimestre o estado havia apresentado varia��o de 4,6%, bem superior ao crescimento geral do pa�s. Para o analista do IBGE em Minas, Ant�nio Braz, apesar do nervosismo do mercado financeiro, a atual conjuntura da economia mundial n�o � t�o grave quanto a crise de 2008, mas pode ser necess�ria a interven��o dos governos para acalmar os mercados. “O que foi feito em 2008 n�o resolveu, apenas mitigou os problemas.” Mesmo sem apostar em uma turbul�ncia em grandes propor��es, o especialista lembra que o cen�rio mundial para os pr�ximos anos ser� de menor crescimento, onde as grandes economias ter�o de driblar o desemprego e o d�ficit p�blico.

Uma das consequ�ncias do esfriamento da demanda mundial � o recuo dos pre�os. O movimento atinge em cheio a balan�a comercial brasileira, que tem como estrelas commodities como o min�rio e os gr�os. Para a ind�stria da transforma��o, que acumula d�ficit, o principal efeito � a perda de oxig�nio do capital de giro. “Como os Estados Unidos n�o podem incentivar o consumo, aumentando o endividamento, e nem reduzir juros, o melhor neste momento � n�o fazer nada”, comenta Fernandes, j� considerando que se n�o houver uma acomoda��o dos mercados nas pr�ximas semanas pode ser necess�rio que o governo brasileiro acelere programas, como o pacote de incentivo para a ind�stria. “O mundo talvez pague uma fatura grande pelas elei��es dos Estados Unidos.”

Entre os setores que mais perderam em faturamento no semestre, segundo o indicador da Fiemg, est� o de produtos aliment�cios, que acumulou queda de 14,74% no per�odo. Nos bens de produ��o, as m�quinas, aparelhos e materiais el�tricos ca�ram 8,46%. A principal contribui��o negativa entre os insumos b�sicos foi a ind�stria de celulose, papel e produtos de papel com recuo de 16,63%.

Palavra de especialista
Desacelera��o que preocupa

. Rog�rio Cesar de Souza
. Economista chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi)
Os resultados da ind�stria brasileira no primeiro semestre confirmam a perda de ritmo observada nos �ltimos meses, quando o pa�s vinha demonstrando uma oscila��o com resultados ruins. Preocupa a desacelera��o de estados importantes como Minas, S�o Paulo e Rio. O fato determinante para essa perda de ritmo � a falta de competitividade, mas agora o cen�rio adverso da economia mundial � mais um ponto que pode rebater no Brasil. Com a economia mais penosa nos pa�ses europeus e nos Estados Unidos, a tend�ncia � de que haja uma corrida para as exporta��es, com o acirramento da competitividade. Os pre�os atraentes dos importados podem complicar o cen�rio no mercado interno para a ind�stria nacional. J� para as exporta��es pode haver uma valoriza��o do d�lar, mas apenas em um primeiro momento.


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