O com�rcio entre Brasil e China deve se manter aquecido em 2011, mesmo com a perspectiva de retra��o da atividade econ�mica mundial. A opini�o � do c�nsul-geral da China no Brasil, Sun Rongmao, e da diretora-executiva da C�mara de Com�rcio Brasil-China, Uta Schwiezer, que participaram nesta quarta-feira de semin�rio de neg�cios e investimentos, na capital paulista.
Na avalia��o de Rongmao e de Schwiezer, os dois pa�ses t�m uma economia interdependente e demandam mat�rias-primas, por parte da China, e m�quinas e equipamentos, por parte do Brasil. A representante da C�mara de Com�rcio ressaltou que n�o v� uma ruptura da tend�ncia de alta no com�rcio entre as duas na��es, mesmo com a crise internacional, que atinge principalmente os Estados Unidos e pa�ses da Europa.
De acordo com Uta Schwiezer, as dificuldades econ�micas dos pa�ses ricos v�o afetar o mercado mundial de commodities, mas, pelo progresso demonstrado pela China - estimulado por investimentos do governo chin�s -, o pa�s tende a manter a demanda por produtos prim�rios brasileiros.
O c�nsul-geral chin�s observou que a economia chinesa est� mudando o seu modelo de produ��o e desenvolvimento, com est�mulos para o mercado interno. Segundo ele, o Brasil pode se beneficiar desse cen�rio, com a demanda de commodities necess�rias para obras de infraestrutura, como estradas, ferrovias e habita��o.
"N�s temos de estimular a demanda interna por meio de investimentos em infraestrutura e, para isso, vamos precisar de mat�rias-primas. � a� que o Brasil tende a ganhar", afirmou o c�nsul-geral. Ele observou que o custo de produ��o da China est� subindo por conta do aumento no sal�rio dos trabalhadores. "N�s temos de melhorar constantemente e achamos que o custo da m�o de obra na China era muito baixo para o desenvolvimento social que buscamos. A vida do trabalhador deve ser melhorada constantemente", defendeu.
Sun Rongmao afirmou ainda que as reclama��es dos empres�rios brasileiros quanto � invas�o de produtos importados chineses � natural. Ele lembrou que 60% dos produtos chineses que chegam ao Brasil s�o pe�as para maquin�rio e ind�stria. "S�o produtos que aumentam a competitividade da ind�stria brasileira e estimulam as suas exporta��es", disse. "A China enfrentou o mesmo problema no in�cio da nossa abertura econ�mica. Esse � um movimento natural, mas o Brasil vai superar isso", afirmou. A diretora-executiva da C�mara Brasil-China diz que o grande diferencial entre a produ��o brasileira e chinesa est� na taxa��o.
Na avalia��o dela, a ind�stria chinesa n�o precisa repassar encargos trabalhistas e tributos t�o altos como no Brasil. "Os produtos chineses s�o mais baratos n�o por conta de m�o de obra escrava na China, como se fala por a�. O diferencial est� nos alt�ssimos gastos com impostos que o empres�rio brasileiro tem de pagar", considerou.