Bras�lia – Por determina��o do Pal�cio do Planalto, os tr�s maiores fundos de pens�o do pa�s, todos vinculados a estatais, entraram pesado nessa quarta-feira no mercado, comprando a��es, e evitaram uma nova queda da Bolsa de Valores de S�o Paulo (Bovespa), mesmo com o mundo derretendo por causa das suspeitas em rela��o � sa�de da economia europeia, sobretudo a da Fran�a, a segunda maior da Zona do Euro. A Previ (dos funcion�rios do Banco do Brasil), a Petros (dos empregados da Petrobras) e a Funcef (da Caixa Econ�mica Federal) intensificaram a atua��o quando o preg�o paulista computava queda de mais de 2% e um in�cio de p�nico tomava conta dos investidores.

T�tulos podres
N�o bastasse o temor de recess�o nas maiores economias do planeta, os investidores passaram a vislumbrar a possibilidade de quebra em cadeia de bancos europeus, todos com os cofres abarrotados de t�tulos p�blicos dos pa�ses mais endividados da regi�o: Gr�cia, Irlanda, Portugal, Espanha e It�lia. N�o � toa, as a��es de institui��es financeiras comandaram a derrocada dos mercados acion�rios. Em outro momento, a cren�a seria de que os governos seriam capazes de socorrer as institui��es em dificuldades, como em 2008. Mas, agora, com d�vidas monstruosas, os pa�ses n�o t�m como liberar recursos para evitar uma eventual quebradeira", disse Creomar de Souza, professor de Rela��es Internacionais do Ibmec-DF. "Na verdade, o problema � muito maior na Europa, pois ningu�m acredita que os governos europeus consigam honrar seus compromissos. O fantasma do calote voltou a assombrar a todos", acrescentou.