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Estado de Minas

Classe C estimula expans�o do setor de moda no Rio

A pesquisa mostra tamb�m que cadeia produtiva da moda movimenta cerca de R$ 892 milh�es por ano na cidade do Rio de Janeiro.


postado em 16/08/2011 16:34 / atualizado em 16/08/2011 17:13

O crescimento da classe C teve impacto decisivo no surgimento de novos territ�rios da moda na cidade do Rio de Janeiro. Pesquisa da Funda��o Getulio Vargas, intitulada Territ�rios da Moda no Rio de Janeiro, aponta que a expans�o dos consumidores das classes mais baixas teve como efeito positivo o aumento do n�mero de produtores e vendedores de roupas na capital fluminense.

A pesquisa levou um ano para ser conclu�da e foi divulgada nesta ter�a-feira. O levantamento mostrou que esses consumidores est�o mais exigentes e demandando roupas de maior qualidade. A coordenadora conceitual-metodol�gica da pesquisa, Elizete Ign�cio dos Santos, explicou que o n�mero de empresas no sub�rbio e na zona oeste do Rio, onde vive grande parte da classe baixa carioca, est� crescendo a taxas mais altas que as da zona sul, bairro nobre da cidade.

"Essas novas empresas est�o produzindo uma moda diferente da padr�o, vista na televis�o e nas capas de revistas. Ela [a moda produzida pelas novas empresas] � mais colorida, com modelagens e estampas diferentes e expressa um modo de vida da zona oeste, de um tipo de consumidor que quer se valorizar e valorizar aquilo que � produzido localmente”, explicou Elizete.

Ela lembrou que, apesar da expans�o, os desafios s�o grandes para esses novos empres�rios. Al�m da falta de m�o de obra qualificada e da carga tribut�ria pesada, que s�o desafios comuns de todos os setores, os novos territ�rios de moda enfrentam ainda o preconceito. “Essa produ��o nem sempre � reconhecida como moda e esse grupo de empres�rios precisa se colocar no mercado de forma positiva, de que faz moda, sim para um p�blico espec�fico, que quer se reconhecer no que est� sendo produzido”.

Dona da loja Ki-Korpo, Eli Alves, come�ou com uma pequena f�brica de moda praia em Campo Grande, na zona oeste, e hoje tem oito lojas, uma delas na capital alagoana, Macei�. Para a empres�ria, investir no potencial local foi fundamental para o sucesso. “Tenho uma equipe de funcion�rios e estagi�rios que mora na zona oeste e, ao dar essa oportunidade, descobri muitos talentos que nunca imaginava existir. Todos podem aprender, basta dar treinamento, forma��o”, relatou.

A pesquisa mostra tamb�m que cadeia produtiva da moda movimenta cerca de R$ 892 milh�es por ano na cidade do Rio de Janeiro. Cerca de 40% das marcas e confec��es faturam at� R$ 36 mil anualmente e 35% faturam entre R$ 36 mil e R$ 240 mil. De acordo com Elizete, o fato de a ind�stria da moda movimentar cerca de R$ 5 bilh�es, por ano, mostra o peso que a cidade do Rio tem para o setor no pa�s. "Mas poderia ser ainda maior, devido ao valor simb�lico que o Rio tem para a moda brasileira."

O levantamento foi encomendado pelo Instituto Pereira Passos e pelo Servi�o Brasileiro de Apoio �s Micro e Pequenas Empresas do Rio de Janeiro. Foram entrevistadas mais de 600 pessoas envolvidas na cadeia produtiva da moda carioca. O objetivo � orientar a��es e pol�ticas p�blicas voltadas para o fomento e o desenvolvimento do setor.


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