As negocia��es por reajustes salariais tiveram no 1º semestre o segundo melhor resultado desde 2008, segundo informou nesta quinta-feira o Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese). Segundo a pesquisa, 93% das negocia��es salariais do per�odo tiveram reajustes iguais ou superiores � infla��o medida pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor (INPC), de um total de 353 acordos.
O levantamento do Dieese mostra que, no primeiro semestre deste ano, 8,8% das negocia��es resultaram na reposi��o integral do INPC e 6,8% ficaram abaixo da infla��o acumulada em 12 antes da data-base. No mesmo per�odo de 2010, 9,6% dos acordos empataram com a infla��o e 3,7% n�o recuperaram o poder aquisitivo dos sal�rios.
Este foi segundo melhor resultado registrado pelo DIEESE desde 2008, quando o Departamento passou a analisar os reajustes conquistados exclusivamente pelas unidades de negocia��o pertencentes a um painel controlado de categorias profissionais. Apenas em 2010, um ano excepcional para a economia e as negocia��es salariais brasileiras, a propor��o de unidades de negocia��o com reajustes acima do INPC superou o apurado neste ano.
Segundo analistas do Diesse, o estudo revelou um cen�rio positivo para os reajustes do sal�rio no Brasil, o que revela uma continuidade �s conquistas das campanhas salariais dos trabalhadores nos �ltimos quatro anos. Mesmo com a turbul�ncia verificada em diversas economias externas, o n�vel crescente da atividade interna da economia pode possibilitar a continuidade de conquistas para os trabalhadores.
Setores
O setor de com�rcio apresenta o melhor resultado em negocia��es salariais do 1º semestre deste ano, sendo que aproximadamente 98% dos acordos desse setor conquistaram aumentos reais e o restante conseguiram reajustes iguais ao da infla��o, n�o sendo registrados reajustes abaixo do INPC.
J� o setor com pior resultado nas negocia��es salariais foi o de servi�os, que registrou um percentual de
quase 13% de negocia��es com reajustes insuficientes para repor o poder aquisitivo dos sal�rios. Na ind�stria, 87% das negocia��es resultaram em aumentos reais no sal�rio e 10%, em reajustes iguais � infla��o.
Regi�es
De acordo com o levantamento do Dieese, a Regi�o Centro-Oeste apresentou o maior percentual de negocia��es com reajustes acima da infla��o no 1º semestre, enquanto a regi�o Norte, registrou o menor. Todavia, a regi�o Sul foi a que apresentou o menor percentual de negocia��es com perdas reais nos reajustes.
Acumulado
O resultado acumulado dos �ltimos quatro anos � positivo para aproximadamente 91% das negocia��es analisadas e apenas equivalente � infla��o acumulada no per�odo para pouco mais de 1% das negocia��es. As demais 8% chegaram ao final do per�odo com perdas acumuladas.
Observando exclusivamente as faixas de ganhos reais, nota-se um conjunto razo�vel de negocia��es que obtiveram reajustes entre 1% e 4% acima do INPC-IBGE. Existe tamb�m um percentual significativo de negocia��es com ganhos reais superiores a 10% do �ndice.