Com a tese de que a melhor defesa � o ataque, o governo brasileiro quer estimular os exportadores brasileiros a buscarem mais mercado nos pa�ses em desenvolvimento, principalmente em nichos com produtos de alto valor agregado. Na pr�xima segunda-feira, dia 22, o Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (MDIC) lidera uma miss�o com 43 empresas para Col�mbia, Peru e Chile. S�o representantes dos setores de m�quinas e equipamentos, casa e constru��o, sa�de, alimentos e bebidas, cal�ados e tecnologia da informa��o. A expectativa do governo � que os neg�cios a serem fechados ultrapassem a cifra de US$ 44 milh�es, valor atingido na �ltima miss�o empresarial, em 2010, a estes tr�s pa�ses.
"Numa crise, uns choram e outros vendem len�os. Eu prefiro organizar miss�es que vendem len�os", disse o coordenador de Imagem e Acesso a Mercados da Ag�ncia Brasileira de Promo��o de Exporta��es e Investimentos (Apex-Brasil), Ricardo Santana. Segundo ele, a escolha dos pa�ses considerou o aumento do poder aquisitivo. Santana explicou que 20% das popula��es da Col�mbia e do Chile, por exemplo, s�o classe A e B, com poder aquisitivo de US$ 35 mil por ano, o que abre
Santana disse que, t�o importante quanto superar os US$ 44 milh�es em neg�cios fechados, � fazer um trabalho de imagem e de consolida��o das empresas exportadoras brasileiras na Am�rica do Sul. Ele citou como exemplo o setor de m�quinas e equipamentos. "� um mercado que a gente domina e tem sempre que ficar atento � concorr�ncia", salientou.
Ap�s a crise financeira internacional, que teve o auge em 2008, os produtos brasileiros, principalmente de maior valor agregado, perderam participa��o de mercado para a China, n�o s� em pa�ses avan�ados como os Estados Unidos, mas tamb�m nos pa�ses da Am�rica do Sul.
Atr�s da �sia e da Uni�o Europeia, a Am�rica do Sul � o terceiro maior destino de exporta��es brasileiras. Dos US$ 202 bilh�es exportados pelo Brasil em 2010, 18,4% (US$ 37,2 bilh�es) foram para a Am�rica do Sul, com mais de 60% em produtos de maior valor agregado, como autom�veis e �nibus, pe�as para ve�culos, m�quinas e equipamentos, aparelhos de telefonia e produtos farmac�uticos.
Em Lima, no Peru, al�m dos empres�rios locais, haver� uma rodada de neg�cios para potenciais compradores de outros pa�ses. Os empres�rios brasileiros receber�o importadores da Argentina, Bol�via, Costa Rica, Equador e Venezuela. Ao todo s�o 23 compradores, com poder de compra de US$ 299 milh�es por ano. Segundo Santana, a Apex-Brasil est� estabelecendo como regra agregar pelo menos mais 20 compradores de pa�ses vizinhos aos lugares onde ocorrem as miss�es, para maximizar os investimentos dos empres�rios e garantir mais resultados.
Santana afirmou que, em m�dia, cada empresa brasileira ter� entre dez e 15 contatos nas rodadas de negocia��o nos tr�s pa�ses. "� n�mero bem alto, estamos bem satisfeitos com este n�mero", disse o coordenador. Este ano j� foram organizadas pelo governo quatro miss�es empresariais: China, M�xico, Rep�blica Dominicana e Venezuela. A ag�ncia j� organiza uma pr�xima para pa�ses da �frica - Angola, Mo�ambique e �frica do Sul.