A rentabilidade das reservas internacionais em 2010 foi de 1,82% segundo informou nesta sexta-feira o Banco Central em seu relat�rio anual de gest�o das reservas. O desempenho foi melhor do que o registrado em 2009, quando o rendimento foi de 0,83%, mas encontra-se abaixo da m�dia anual de 5,2% para o per�odo de 2002 a 2010.
"A maior prud�ncia do BC, com prazos m�dios de investimento mais curtos, associada a um ambiente de baixas taxas de juros no mercado financeiro internacional implicaram menor rentabilidade quando comparado ao valor m�dio hist�rico", explica o relat�rio.
O BC informou que o euro perdeu espa�o como destino da aplica��o das reservas internacionais brasileiras, saindo da segunda para a terceira posi��o. De acordo com o relat�rio anual de gest�o das reservas, as aplica��es em d�lares norte-americanos se mantiveram praticamente est�veis, com 81,8% do estoque das reservas em dezembro de 2010, enquanto o euro caiu de 7% para 4 5% do total.
O d�lar canadense ganhou terreno, passando de 3,5% para 6%, assim como o d�lar australiano, que passou de 1,9% para
"Em 2010, observa-se a manuten��o do n�vel de diversifica��o de moedas das reservas internacionais ampliado em 2009, com uma diminui��o do volume alocado em euros e um aumento do volume alocado em d�lar canadense e d�lar australiano, economias com s�lidos fundamentos macroecon�micos e situa��o fiscal confort�vel", diz o BC no relat�rio.
O BC informou que 80,2% das reservas internacionais estavam aplicadas em t�tulos governamentais em dezembro de 2010. O volume � significativamente inferior aos 89,8% verificados no fim de 2009. Ao mesmo tempo, houve um aumento forte nos dep�sitos em bancos centrais e organismos supranacionais (como Banco Mundial, BID, entre outros), que atingiram 10,2% em dezembro do ano passado, ante 2,4% em 2009.
Os recursos alocados em ag�ncias governamentais saltaram de 4% para 5,9% do total. Tamb�m houve aplica��o em t�tulos de organismos supranacionais, que t�m maior liquidez que os dep�sitos, representando 1,8% do total, praticamente est�vel ante 2009. "No ano de 2010, observa-se uma diminui��o na aloca��o em t�tulos governamentais e um crescimento na aloca��o em dep�sitos em bancos centrais e organismo supranacionais", diz o BC, no relat�rio anual de gest�o das reservas.
Prazo m�dio
O BC informou que no final do ano passado o prazo m�dio de investimento das reservas internacionais do Brasil tinha ficado em 1,85 ano, acima do 1,63 ano verificados em dezembro de 2009. Mas o relat�rio de gest�o das reservas tamb�m informa que a m�dia do ano do prazo de investimento das reservas foi de 1,68 ano, abaixo dos 2,21 anos de m�dia verificada em 2009.
"No final de 2010, com a amplia��o da diversifica��o das classes de ativos, houve uma leve eleva��o do prazo m�dio de investimento devido a restri��es de liquidez e prefer�ncia de risco, que atingiu o valor aproximado de 1,85 ano. Entretanto, quando considerada a m�dia anual do prazo m�dio de investimento, verifica-se uma queda em rela��o a 2009", explica o BC.