A Bolsa de Valores de S�o Paulo (Bovespa) abriu perto da estabilidade, ap�s dados de atividade na China e na zona do euro servirem de impulso inicial para as bolsas da Europa e para os �ndices futuros nos Estados Unidos. �s 10h13, o �ndice Bovespa (Ibovespa) subia 0,15%, aos 52.519 pontos. J� �s 10h54, o Ibovespa inverteu a tend�ncia e come�ou a operar em queda de 0,96%, aos 51.935.
"Sa�ram dados na China e na Europa que vieram est�veis. Isso faz as bolsas subirem l� fora", afirma Pedro Galdi, estrategista-chefe da SLW. Na noite de ontem, o HSBC informou que o �ndice de atividade industrial dos gerentes de compras (PMI) da China subiu para 49,8 na leitura preliminar de agosto, ante 49,3 em julho. O componente de produ��o elevou-se a 49,4, ante 47,2. Abaixo de 50 os n�meros indicam contra��o, mas, segundo economistas, ao menos sinalizam que o risco de "aterrissagem dura" da economia chinesa � remoto. "Essa not�cia da China pode favorecer as commodities e nossa bolsa � muito baseada em commodities", destaca um operador de renda vari�vel ouvido nesta manh� pela Ag�ncia Estado. "Temos que torcer para que isso segure a Bovespa."
Em T�quio, o �ndice Nikkei avan�ou 1,22%. O �ndice de Seul avan�ou 3,86%. O mercado se apreciou em 1,99% em Hong Kong e a Bolsa de Taiwan avan�ou 3,25%, enquanto o �ndice referencial de Xangai subiu 1,52%. Cingapura encerrou em alta de 1,22% e Sydney fechou com ganho de 2,23%. Mas muitos investidores continuaram pessimistas sobre as perspectivas para as economias ricas, especialmente para a zona do euro, onde o grande temor � que a crise de d�vida que engoliu Gr�cia, Portugal e Irlanda chegue a economias maiores e mais dif�ceis de ser socorridas, como Espanha e It�lia.
Na Europa, a empresa da informa��es financeiras Markit informou nesta ter�a-feira que a nova leitura do �ndice de Produ��o Composto - um term�metro da atividade econ�mica baseado nos resultados parciais de uma pesquisa com empresas industriais e de servi�os - ficou inalterada em rela��o � m�nima de 22 meses atingida em julho, de 51,1. O dado, por�m, ficou acima da estimativa de consenso do mercado, que era de uma queda para 50,3 - mais uma vez, se o n�mero n�o � t�o bom, pelo menos n�o prejudica o cen�rio.
EUA
As bolsas de Nova York abriram em alta hoje, apoiadas em dados de atividade industrial da China e
na expectativa de que o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Ben Bernanke, tire algum coelho da cartola na sexta-feira em Jackson Hole para estimular a economia e animar os mercados. �s 10h35 (de Bras�lia), o �ndice Dow Jones subia 0,44%, o S&P 500 tinha alta de 0,27% e o Nasdaq avan�ava 0,45%.
Nos EUA, a vontade dos mercados � de acelerar a semana at� sexta-feira e descobrir o que Bernanke tem a oferecer num momento de desassossego geral - seja estender os prazos dos t�tulos do Tesouro, promover uma nova rodada de al�vio quantitativo, um QE3 (na sigla em ingl�s), ou outro instrumento de afrouxamento monet�rio.
Na Europa, a Fran�a quer ser mais austera e se prepara para anunciar na quarta-feira mais cortes no Or�amento, num total de cerca de 4 bilh�es de euros para este ano e 10 bilh�es de euros em 2012. Enquanto isso, os pa�ses da zona do euro tentam achar um consenso sobre o acordo entre Finl�ndia e Gr�cia. A Finl�ndia quer que a Gr�cia forne�a garantias para que haja outro resgate financeiro.
D�lar
O d�lar comercial come�ou o dia em baixa de 0,37% a R$ 1,597, no mercado interbanc�rio de c�mbio. �s 10h05, a moeda norte-americana cedia 0,12%, a R$ 1,601. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o d�lar � vista valia R$ 1,60, com desvaloriza��o de 0,41%.
Em �poca de volatilidade e incertezas, os dados n�o t�o ruins quanto o temido na atividade econ�mica europeia e chinesa e a interpreta��o de que o gigante asi�tico n�o mexer� nos juros, tirada em cima do fato de o Banco do Povo da China ter mantido o yield (rendimento para o investidor) de suas notas de um ano inalterado na opera��o regular de mercado aberto, servem de alento aos mercados. Assim, hoje � dia de alta na confian�a e queda generalizada do d�lar. Ganham os ativos de risco, entre eles, o real.