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Estado de Minas

Crise j� afeta comportamento do desemprego, diz Dieese

Para que a taxa de desemprego se mantenha est�vel, o n�vel de ocupa��o deve crescer por volta de 2,5% na compara��o com o mesmo per�odo do ano anterior


postado em 24/08/2011 13:34 / atualizado em 24/08/2011 13:45

O diretor-t�cnico do Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese), Clemente Ganz L�cio, afirmou nesta quarta-feira que a crise financeira internacional j� mudou o comportamento tradicional do desemprego no pa�s. Segundo Clemente, a taxa de crescimento da ocupa��o nas sete regi�es metropolitanas pesquisas pela entidade caiu, nas compara��es com o mesmo m�s do ano anterior, de um ritmo de 5,5% em 2010 para menos de 2% este ano.

"A tend�ncia � de que o desemprego ainda caia neste segundo semestre, mas n�o com a mesma intensidade dos �ltimos anos", analisou. "Em junho, por exemplo, tivemos o terceiro m�s consecutivo de estabilidade na taxa de desemprego, o que n�o � normal. Tradicionalmente, ela deveria estar caindo nesta �poca do ano", afirmou o diretor-t�cnico do Dieese, ao participar de um ciclo de semin�rios sobre "Progressividade da Tributa��o e Desonera��o da Folha de Pagamento", realizado na capital paulista.

Segundo Clemente, o fato de a Popula��o Economicamente Ativa (PEA) n�o estar crescendo contribuiu para que o desemprego

se mantivesse est�vel. "Considerando esse quadro, o desemprego deveria estar caindo, j� que n�o est� havendo uma press�o da PEA", disse. "O mercado de trabalho j� est� observando os impactos da crise", admitiu.

Clemente explicou que, para que a taxa de desemprego se mantenha est�vel, o n�vel de ocupa��o deve crescer por volta de 2,5% na compara��o com o mesmo per�odo do ano anterior. "Embora a ocupa��o esteja crescendo a um n�vel inferior, o desemprego ainda se mant�m est�vel porque a PEA n�o est� crescendo e, portanto, n�o est� pressionando o mercado de trabalho", afirmou.

Outro dado relevante citado por Clemente � a renda, que parou de crescer e em alguns setores j� est� caindo. "Parte disso se deve � acelera��o da infla��o, mas o fato � que o valor nominal da renda tamb�m n�o tem crescido", afirmou. "Podemos ter surpresas nos pr�ximos meses."

O presidente do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, concorda que os impactos da crise financeira internacional no pa�s atingir�o o emprego ainda neste ano. Pochmann lembra que o segundo semestre costuma ter um resultado, em termos de gera��o de empregos, sempre melhor que o primeiro semestre. "O segundo semestre conjunturalmente � melhor que o primeiro, ent�o talvez ele n�o apresente sinais t�o evidentes (de desacelera��o)", observou. "Mas os dados do com�rcio e da ind�stria j� mostram um ritmo de crescimento do emprego muito pr�ximo a zero."


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