Pequenas empresas elevam vendas para a Uni�o em 44,5% no 1� semestre

Micro e pequenas empresas de todo o pa�s venderam mais de R$ 5,2 bilh�es em bens e servi�os para o governo federal, no primeiro semestre, o que representa expans�o de 44,5% em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado, de acordo com o secret�rio de Log�stica e Tecnologia da Informa��o (SLTI) do Minist�rio do Planejamento, Delfino Natal de Souza.

Foi o melhor faturamento das micro e pequenas empresas no per�odo, desde que a SLTI iniciou esse tipo de estat�stica, em 2002. O levantamento abrange compras da administra��o direta, de autarquias e de funda��es. Segundo ele, R$ 3,6 bilh�es do faturamento, equivalentes a 55,5% do todo, foram negociados por meio da modalidade de preg�o eletr�nico.

Delfino acredita que os bons resultados do primeiro semestre devem se repetir tamb�m na segunda metade do ano, que, “normalmente, � um per�odo mais intenso na aplica��o do Or�amento”. Ele destacou que as compras por preg�o eletr�nico proporcionaram economia para os cofres p�blicos de R$ 2,1 bilh�es, dos quais R$ 1,1 bilh�o “deve-se � contribui��o dos micro e pequenos neg�cios”.

De acordo com o secret�rio, o aumento da participa��o dos pequenos empreendedores nas compras do governo decorre, principalmente, da aplica��o dos benef�cios garantidos pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar 123/06), em vigor desde dezembro de 2006. Dentre esses benef�cios, h� a prioridade nas compras governamentais at� o valor de R$ 80 mil.

A lei tamb�m estabelece prefer�ncia quando h� empate com o pre�o de outra empresa de maior porte e a possibilidade de novo lance para a micro e pequena empresa que tiver estipulado pre�o at� 5% acima da cota��o da empresa concorrente, de maior porte. Quando ocorre o empate, a experi�ncia tem demonstrado que as pequenas empresas ganham em torno de 99% das concorr�ncias de pre�o.

Pelas estimativas do Servi�o Brasileiro de Apoio � Micro e Pequena Empresa (Sebrae), a tend�ncia � que o faturamento dessas empresas cres�a mais ainda, em decorr�ncia, tamb�m, da busca de qualidade e efici�ncia do setor, al�m do crescimento natural da economia, segundo destacou o diretor de Administra��o e Finan�as do Sebrae, Jos� Claudio dos Santos.

De acordo com Santos, “ser�o geradas, no Brasil, mais de 900 oportunidades de neg�cios para os pr�ximos anos e n�o haver� espa�o para aventureiros. Para crescer, � preciso ter qualidade”. O pa�s tem hoje cerca de 6 milh�es de micro e pequenas empresas.