O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou hoje que o aumento do aperto fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, n�o comprometer� os projetos de sua pasta. Mantega anunciou o aumento da meta de super�vit prim�rio para 2011 em R$ 10 bilh�es, o que corresponde de 0,25% a 0,30% do Produto Interno Bruto (PIB). Em entrevista, o ministro da Fazenda disse que o aumento da meta ser� para o governo central (formado por Tesouro, Previd�ncia e Banco Central). Assim, a economia desses �rg�os passar� de um pouco mais de R$ 81 bilh�es para R$ 91 bilh�es.
Segundo Lupi, o Minist�rio do Trabalho j� tem economizado acima da meta estabelecida pela presidente Dilma Rousseff no in�cio de seu governo. "O aperto fiscal se refere apenas a gastos de custeio. Nisso, o Minist�rio do Trabalho est� acima da meta do governo", afirmou Lupi em entrevista � imprensa, ap�s participar de debate do Grupo de L�deres Empresariais (Lide), em S�o Paulo.
Ele estima que haver� um bom desempenho do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para agosto e prev� que, at� o final do ano, o desemprego esteja num patamar entre 5,5% e 5 7%. "Todas as informa��es que eu tenho s�o muito positivas. Devemos terminar o ano com esse �ndice", explicou.
Sobre a poss�vel aprova��o pelo Congresso da PEC 300 - que estabelece um piso nacional para policiais - e da Emenda 29 - que discorre sobre gastos na Sa�de -, Lupi disse que n�o tem opini�o formada. Mas que, se aprovados, os projetos ter�o grande impacto no or�amento federal. "S�o duas quest�es estrat�gicas para o Pa�s, uma de manuten��o da vida e a outra de seguran�a nacional, mas que acabam acarretando em aumento de gastos na folha mais dos Estados e munic�pios do que do governo federal", argumentou. "Tenho a impress�o de que praticamente todos os governadores e prefeitos s�o contra, por�m temos que discutir isso na base de apoio".
O ministro descartou a possibilidade de efeitos maiores da crise internacional nos �ndices de emprego no Brasil. Lupi avalia que a situa��o � de excesso de financiamento externo, diferentemente de 2008 e 2009. "Temos que assegurar o valor do real em virtude do excesso de d�lares que entra no Pa�s", disse.