Cepal reduz proje��o de crescimento da Am�rica Latina de 4,7% a 4,4%

A Comiss�o Econ�mica para a Am�rica Latina e o Caribe (Cepal) reduziu nesta ter�a-feira sua proje��o de crescimento regional para 2011, dos 4,7% projetados em julho a 4,4%, por um menor desempenho das economias sul-americanas.

"Esper�vamos um crescimento de 4,7%, mas hoje nossa revis�o calcula 4,4%. S�o tr�s pontos a menos, mas, na realidade, estamos muito atentos a esta diminui��o", afirmou a secret�ria executiva da Cepal, Alicia B�rcena, ao apresentar nesta ter�a-feira um relat�rio sobre o com�rcio regional.

"A parte mais afetada � a Am�rica do Sul (...) de 5,1% a 4,8%. N�o significa que est� ruim, mas se houver uma certa desacelera��o, � importante ficar atento", acrescenta.

Em 13 de julho, a Cepal estimou que as economias da Am�rica Latina cresceriam em 2011 a uma taxa de 4,7% sem sinais de um cont�gio da crise europeia, apesar de com uma press�o inflacion�ria em quase todos os pa�ses.

O crescimento estimado marca uma queda diante da expans�o de 5,9% registrada no ano anterior, em um cen�rio de alta volatilidade e incerteza que poder� impactar nos pr�ximos meses o com�rcio regional.

Segundo ainda a Cepal, as exporta��es latino-americanas crescer�o 27% em 2011, com uma expans�o igual � do ano passado, mas a desacelera��o dos pa�ses industrializados pode ter impacto sobre o com�rcio das na��es emergentes nos pr�ximos meses.

"O valor das exporta��es de bens da Am�rica Latina e do Caribe crescer� 27% em 2011, aumento semelhante ao apresentado no ano passado", indica o relat�rio da Cepal, organismo t�cnico das Na��es Unidas com sede em Santiago.

"Esta expans�o ser� ocasionada por um crescimento de 9% no volume exportado e de 18% nos pre�os dos produtos", acrescentou o informe apresentado em uma coletiva de imprensa.

O total das importa��es aumentar� 23%, fazendo com que no fim de 2011 a regi�o acumule um super�vit comercial de pouco mais de 80 bilh�es de d�lares.

A Cepal advertiu, no entanto, que a desacelera��o econ�mica dos pa�ses industrializados pode afetar o com�rcio das na��es emergentes nos pr�ximos meses.

"A complexa situa��o atual dos pa�ses desenvolvidos, em especial Estados Unidos e Europa, est� come�ando a afetar as na��es emergentes e pode se traduzir em um menor ritmo de aumento das exporta��es para estes mercados durante 2012. O impacto espec�fico desta desacelera��o depender� do tipo de produtos exportados e dos mercados para onde eles se destinarem", explicou a Cepal.

Al�m disso, devem gerar "menores pre�os internacionais dos produtos b�sicos, afetando o saldo comercial e em conta corrente dos pa�ses que os exportam".