Relat�rio divulgado nesta ter�a-feira pela Comiss�o Econ�mica para a Am�rica Latina e o Caribe ( Cepal) estima que o valor das exporta��es dos produtos dessas regi�es aumentar� em 27% at� o fim do ano. Al�m disso, o valor das importa��es pode aumentar 23%, o que corresponde a um super�vit comercial de pouco mais de US$ 80 bilh�es no per�odo.
O estudo, intitulado Panorama da Inser��o Internacional da Am�rica Latina e do Caribe 2010-2011, aponta que a expans�o � proveniente do crescimento de 9% no volume exportado e de 18% nos pre�os dos produtos exportados pela regi�o. “O interc�mbio Sul-Sul, encabe�ado pela China e pelo resto da �sia emergente, � atualmente o principal motor do crescimento do com�rcio mundial, j� que o volume das exporta��es dos pa�ses em desenvolvimento cresceu 17% em 2010, comparado com 13% [de crescimento no volume das exporta��es] dos pa�ses industrializados”.
O levantamento da Cepal alerta, no entanto, para o reflexo que a “desacelera��o econ�mica dos pa�ses industrializados" poder� ter no com�rcio das na��es emergentes nos pr�ximos meses. O estudo indica que h� a possibilidade de que esse fen�meno (do menor crescimento dos pa�ses desenvolvidos) seja atenuado, para os pa�ses latino-americanos e o Caribe, com o tipo de produto exportado e de mercados compradores.
De acordo com a pesquisa, para tentar driblar os efeitos da crise econ�mica, a regi�o latino-americana e caribenha enfrenta a atual conjuntura desfavor�vel com importantes ativos e apresenta “crescimento robusto entre 2003 e 2008, forte recupera��o em 2010 e um ritmo de crescimento importante em 2011, situa��o fiscal equilibrada, baixos n�veis de infla��o e de endividamento, al�m de redu��es na taxa de desemprego e na pobreza”.
Para a secret�ria executiva da Cepal, Alicia B�rcena, o preocupante � que a instabilidade econ�mica mundial tem gerado inseguran�a e pode interferir nos resultados positivos. “Os n�veis de volatilidade e de incerteza a n�vel mundial est�o em patamares preocupantes. Persistem importantes desequil�brios globais, entre eles a crise da d�vida soberana de v�rios pa�ses europeus e a incerteza fiscal nos Estados Unidos, o que repercutir� em um enfraquecimento do com�rcio internacional”, disse.