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Estado de Minas

Classe m�dia busca previd�ncia privada para complementar INSS

Com benef�cio p�blico encolhendo nos �ltimos anos, setor da previd�ncia privada avan�a e j� movimenta R$ 24,9 bi


postado em 31/08/2011 06:00 / atualizado em 31/08/2011 08:05

Com a expans�o do emprego formal, o brasileiro tem inclu�do a poupan�a para aposentadoria entre suas prioridades de investimento. Enquanto os benef�cios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para quem recebe acima do sal�rio m�nimo perderam valor nos �ltimos 20 anos em rela��o ao sal�rio m�nimo, a poupan�a pr�pria para a aposentadoria passou a pesar mais no bolso das classes de m�dia e alta renda. Sistemas que re�nem a poupan�a a longo prazo, como o segmento de vida e previd�ncia, v�m apresentando crescimento acelerado nos �ltimos cinco anos. De janeiro a junho, foram 25,6%, o que significa receita de R$ 24,9 bilh�es, segundo a Federa��o Nacional de Previd�ncia Privada e Vida (Fenaprevi).

Entre os brasileiros a ideia de que � preciso ter uma fonte alternativa ao sistema p�blico est� ganhando corpo, antes de que a propagada reforma da Previd�ncia saia do papel e possa instituir alguma esp�cie de complementa��o. Desde 2001, a engenheira Cl�udia Mendon�a Castro investe em uma poupan�a pessoal que poder� utilizar a partir dos 60 anos. Tamb�m desde 1992, ela contribui com o INSS. “A impress�o que tenho � que nunca vou poder parar de trabalhar. O rendimento da previd�ncia p�blica n�o � bom. A alternativa � ter o sistema complementar.” Ela tamb�m investe em previd�ncia privada para o filho, Eduardo. “� uma seguran�a a mais para ele e, da mesma forma, para mim”, garante.

Despesas, como o pagamento do plano de sa�de e o desejo de manter o padr�o de consumo pr�ximo ao da vida ativa s�o motivos que empurram o brasileiro para o sistema privado. O vice-presidente da Fenaprevi, Renato Russo, diz que al�m do crescimento do mercado de trabalho, a vis�o do brasileiro de que a aposentadoria p�blica, sozinha, n�o far� frente a suas despesas tem contribu�do para o crescimento do setor. Carolina Molla, diretora de Vida e Previd�ncia da Sul Am�rica, aponta que entre 2005 e hoje a idade m�dia do brasileiro que procura a seguradora caiu de 40 para 35 anos.

Pacto de gera��es

L�saro C�ndido da Cunha, professor de direito previdenci�rio da PUC Minas, acompanhou o desempenho do valor das aposentadorias do brasileiro nos �ltimos 20 anos. Para quem se aposentou pelo teto em 1991, por exemplo, o valor do benef�cio em rela��o ao sal�rio m�nimo chegou a ser cortado em mais da metade. Para ele, o lado negativo do crescimento do processo privado � que ele pode representar a queda de confian�a no sistema p�blico. “O filho vai confiar no sistema se enxergar que ele foi bom para os pais.” Para ele, a recomposi��o dos valores dos benef�cios, ou pelo menos de parte deles, � sa�da para manter a seguran�a do sistema. “A Previd�ncia n�o pode ser colocada como engodo, ela � um pacto entre gera��es.”

 O especialista em finan�as p�blicas Amir Khair diz que grande parte da popula��o brasileira vai estar garantida pela Previd�ncia Social, que tem a seu favor o crescimento da economia, com a expans�o do emprego formal. Ele aponta que o d�fict estimado para este ano em R$ 40 bilh�es vem caindo em rela��o ao PIB. “Em 2006 era pr�ximo a 1,6% do PIB, este ano o percentual vai para 1%. � preciso lembrar tamb�m que neste d�ficit h� ren�ncias fiscais nas costas da Previd�ncia.”

Khair mostra uma conta favor�vel ao sistema p�blico. Segundo ele, enquanto o estoque de pessoas acima de 65 anos cresce a pouco mais de 3% ao ano, atingindo 4% em 2020, a partir desta data, o percentual come�a a cair fortemente ficando abaixo de 1% em 2050. “� preciso notar tamb�m que, enquanto as despesas crescem com os maiores de 60 anos, elas diminuem com os menores de 14 anos.”


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